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ESTRATÉGIA DE IMPLANTE TRANSCATETER DE BIOPRÓTESE VALVAR AÓRTICA SEM A UTILIZAÇÃO DE CONTRASTE IODADO EM PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA – FASE PILOTO

Pedro Nicz, Antonio Fernando Freire, Filippe Filippini, Tarso Accorsi, Gabriela Liberato, Henrique Ribeiro, Marcelo Vieira, Flávio Tarasoutchi, Alexandre Abizaid, Fábio S de Brito Jr
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Fundamento. A lesão renal aguda após o implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é uma complicação frequente, com consequências clínicas significativas. Antecedente de doença renal crônica e o uso de contraste iodado para o planejamento e o procedimento estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa complicação. 

Objetivos. Os objetivos são: definir o papel das modalidades de imagem sem contraste no planejamento pré-procedimento, avaliar a viabilidade e segurança de uma nova técnica de implante sem utilizar de contraste iodado e determinar a incidência de lesão renal aguda em pacientes portadores estenose aórtica e doença renal crônica submetidos ao TAVI, com a técnica proposta.

Métodos Pacientes portadores de estenose aórtica importante sintomática e doença renal crônica foram avaliados para TAVI com quatro exames: ecocardiograma tridimensional, ressonância magnética, tomografia sem contraste e angiografia ilíaco-femoral com CO2. Após a análise dessas imagens, na ausência de critérios de alto risco para TAVI por via transfemoral foram submetidos ao TAVI com a técnica proposta. Três pontos de avaliação de segurança foram realizados durante o estudo e o seguimento clínico e ecocardiográfico de 30 dias.

 

Resultados Entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, 25 pacientes portadores de doença renal crônica e estenose aórtica importante e sintomática foram avaliados e submetidos ao TAVI por via transfemoral conforme a estratégia do estudo. A media de idade foi de 79.9 ± 6.1 anos, 72% dos pacientes encontravam-se em classe funcional III ou IV e o escore de risco STS-PROM médio foi 3.0 ± 1.5% e 12% dos pacientes apresentavam disfunção ventricular importante (FEVE<35%). O clearence de creatinina médio foi 49.1 ± 7%. Foi utilizada a prótese auto-expansível Evolut R (80%) e Evolut Pro (20%), o tamanho mais implantado foi 29 mm (52%) e a altura final do implante foi de 6mm pela fluoroscopia e 4.5 mm pelo ecocardiograma. A taxa de marcapasso definitivo foi 17% e lesão renal aguda 24% (estágio 1 – 20% / estágio 2 – 4%), nenhum pacientes fez hemodiálise. Aos 30 dias, não houve nenhum óbito e a taxa de sucesso do dispositivo (VARC-2) foi 92%. 

 

Conclusão A estratégia proposta de planejamento e implante transcateter de valva aórtica por via transfemoral sem contraste iodado em portadores de disfunção renal crônica se mostrou segura e com resultados similares aos dados publicados com utilizando a técnica convencional.

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