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Seguimento tardio de pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de segmento ST tratados pela estratégia fármaco-invasiva

Paula Santiago Teixeira, Carvalho VN, Mello PHL, Martins JRPPR, Pizzitola MP, Diotto FM, Cogo BR, Barbosa AHP, Gonçalves I, Moraes PIM
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: O risco de novos eventos cardiovasculares após um episódio de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de segmento ST (IAMCSST) condiciona os pacientes a um perfil de alto risco cardiovascular e reforça a necessidade de ampliar o conhecimento epidemiológico sobre o seguimento de longo prazo neste grupo. Objetivos: Avaliar as taxas de mortalidade global e cardiovascular, reinfarto e AVC isquêmico no seguimento tardio de pacientes com IAMCSST tratados pela estratégia fármaco-invasiva (EFI). Métodos: Foram analisados dados de uma rede municipal para tratamento do IAMCSST no período de janeiro-2016 a dezembro-2019, contento 1.170 pacientes consecutivos submetidos à fibrinólise (97% tenecteplase) em hospitais municipais e transferidos sistematicamente ao centro terciário para realização de cateterismo cardíaco, conforme a EFI. O seguimento pós-alta foi feito ambulatorialmente ou via ligação telefônica aos faltantes, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa institucional. Variáveis numéricas foram descritas em mediana e intervalo interquartil. Resultados: O perfil demográfico basal dos 1.170 pacientes avaliados foi de 348 (29,7%) mulheres, idade 59 [51-66] anos, 654 (55,9%) hipertensos, 324 (27,7%) diabéticos, acometimento de parede anterior do ventrículo esquerdo em 559 (47,8%), tempo porta-agulha de 68 [41-110] minutos e tempo fibrinolítico-cateterismo de 16,5 [7,3-23] horas. A mortalidade intra-hospitalar foi de 60  (5,1%) casos. A perda de seguimento pós-alta ocorreu em 251 (21,4%) pacientes não localizados, portanto foram analisados 919 com seguimento tardio mediano de 2,6 [1,7-3,2] anos. A taxa de mortalidade global foi 50 (5,4%), sendo 34 das mortes (68,0%) confirmadamente atribuídas a causas cardiovasculares, e as taxas de reinfarto e AVC isquêmico foram respectivamente 56 (6,1%) e 15 (1,6%). Conclusão: Apesar da elevada perda de seguimento pós-alta hospitalar constituir uma limitação da análise, os pacientes de uma rede municipal para tratamento do IAMCSST baseada na EFI apresentaram alto risco de recorrência de eventos cardiovasculares.

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