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Exequibilidade e segurança da via transradial distal para intervenções diagnósticas e terapêuticas em vasos nativos e enxertos cirúrgicos em pacientes previamente submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica.

Marcos Danillo Peixoto Oliveira, Lélio Lemos Pinto Neto, Ednelson Navarro, Adriano Caixeta
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - São Paulo - Brasil

Introdução: A cineangiografia (CINE) e as intervenções coronarianas percutâneas (ICP) das artérias coronárias nativas e dos enxertos cirúrgicos têm sido historicamente realizadas pela clássica via transfemoral. Particularmente para os pacientes com enxerto de artéria mamária interna esquerda (AMIE), o acesso transradial esquerdo proximal (lpTRA) representa uma alternativa viável, com significativamente menos complicações vasculares, mas apresenta desvantagem ergonômica para o operador, devido à necessidade de se curvar por sobre os pacientes, principalmente nos obesos. O acesso transradial distal (dTRA) pode oferecer vantagens importantes, incluindo mais célere hemostasia e maior conforto do paciente e do operador, principalmente para o dTRA esquerdo (ldTRA). Material e métodos: analisaram-se os dados de 151 pacientes consecutivos com histórico de cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) submetidos a CINE e/ou ICP via dTRA, de fevereiro de 2019 a março de 2022, incluídos no registro de coorte prospectivo DISTRACTION (DIStal TRAnsradial access as default approach for Coronary angiography and intervenTIONs, ensaiosclinicos.gov.br Identificador: RBR-7nzxkm). Resultados: A média de idade dos pacientes foi 67,81 anos, em sua maioria do gênero masculino (82,1%) e com síndromes coronarianas crônicas (59,6%); 35% apresentaram-se com síndromes coronarianas agudas. A artéria radial distal foi puncionada com sucesso em todos os 151 pacientes, sem guia ultrassonográfica. Todos os procedimentos envolvendo enxertos de AMIE foram executados via ldTRA. Houve apenas 9 (6%) crossovers de via de acesso. Logrou-se, então, inserção bem-sucedida do sheath arterial via dTRA em 94% de todos os pacientes, principalmente (66,9%) via ldTRA e com sheath (padrão) 6Fr (98%). Palparam-se, à alta hospitalar, os pulsos radiais distais e proximais ipsilaterais ao dTRA de escolha​ em todos os pacientes. Não se registraram eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores ou qualquer complicação major relacionada ao dTRA. Conclusões: a incorporação do dTRA como via de escolha preferencial para a execução rotineira de CINE e/ou ICP em vasos nativos e enxertos cirúrgicos em pacientes pós-CRM, por operadores proficientes, parece ser exequível e segura. Ensaios robustos e randomizados são necessários e esperados para se ratificarem os benefícios clínicos e a segurança desta nova técnica. 

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