Introdução: o Programa de Reabilitação Cardiovascular (PRC) objetiva a prevenção secundária de eventos cardiovasculares. Visa não apenas melhorar o estado fisiológico do paciente, mas também o psicológico, tendo como base a intervenção multidisciplinar. Pauta-se nos pilares: mudanças de estilo de vida com ênfase na atividade física programada, adoção de hábitos alimentares saudáveis, cessação do tabagismo e substâncias psicoativas, além de estratégias para lidar com o estresse (de acordo com a Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular). O objetivo desse trabalho é abordar as ações e intervenções da psicologia junto aos pacientes de PRC de um hospital privado da cidade de São Paulo. De acordo com a Diretriz Sul-Americana, o psicólogo é o profissional responsável pela avaliação da qualidade de vida e depressão, e que proporciona apoio psicológico ao longo do PRC, favorecendo o manejo psicológico das demandas apresentadas pelos pacientes. Método: Relato de experiência sobre a atuação do psicólogo e os métodos de avaliação em PRC. Análise estatística: foi realizada a descrição da experiência do psicólogo como agente facilitador para intervenções realizadas em PRC. Resultado: as intervenções psicológicas realizadas são: avaliação psicológica inicial e final, monitoramento durante as sessões de reabilitação e ações de psicoeducação. A avaliação psicológica possui modelo quali-quantitativo composto por entrevista semiestruturada e aplicação de dois instrumentos de avaliação: Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e Questionário de Qualidade de Vida MAC New. A avaliação psicológica é realizada ao início e final do PRC. Ao longo das sessões de reabilitação o psicólogo monitora os pacientes e a depender da demanda que apareça propicia suporte psicológico. A psicoeducação objetiva realizar prevenção, promoção e educação em saúde. Assim, o psicólogo mantém-se próximo do paciente, identificando suas dúvidas e dificuldades diante do adoecimento e reabilitação, oferecendo suporte psicológico durante todo o processo. Conclusão: O psicólogo contribui para a apropriação e elaboração do adoecimento, visando melhora na qualidade de vida e na saúde mental. As intervenções realizadas favorecem a adaptação do paciente à sua nova condição de saúde e para a adoção de hábitos mais saudáveis. Assim, o paciente é cuidado em sua totalidade e pode ter melhores resultados no processo de reabilitação.