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Reabilitação cirúrgica associada ao plasma rico em fibrina (PRF), enxerto ósseo autógeno e xenógeno e uso de tela de titânio em paciente com estenose pulmonar valvar e arritmia cardíaca

Gabriel Peres Colonello, Levy Anderson César Alves, Frederico Buhatem Medeiros, Ana Beatriz da Costa Prado
SOCESP - ODONTOLOGIA - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A estenose pulmonar valvar é uma cardiopatia congênita caracterizada pelo estreitamento da abertura da válvula pulmonar, causando obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a artéria pulmonar. A estenose quando grave geralmente é diagnosticada na infância por meio de exame físico e ecocardiograma e deve ser tratada a fim de se evitar a insuficiência cardíaca. Os pacientes sintomáticos e diagnosticados com estenose grave devem ser submetidos a valvuloplastia por cateter balão, permitindo uma ampliação da válvula com separação das cúspides cardíacas. Objetivo: relatar um caso clínico de extração do dente 32 incluso e exérese de odontoma composto em região anterior de mandíbula em paciente com histórico de estenose valvar e arritmia cardíaca. Relato de caso: Paciente T.S.S, sexo feminino, 19 anos de idade, compareceu à clínica odontológica do Instituto Odontológico das Américas para cirurgia de extração dentária e exérese de lesão. Relatou histórico de estenose congênita da válvula pulmonar, tendo realizado aos 2 anos de idade a valvuloplastia por cateter balão. Foi diagnosticada, no último exame, com arritmia cardíaca não especificada após avaliação cardiológica. Solicitado radiografia panorâmica e tomografia computadorizada para planejamento cirúrgico odontológico. No pré-operatório, aferida a pressão arterial e a frequência cardíaca, apresentando valores normais. Paciente submetida à profilaxia antibiótica da endocardite infecciosa com 2g de Amoxicilina com base na orientação atual da American Heart Association. O procedimento foi realizado com anestesia local com mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000, incisão trapezoidal, osteotomia, exérese do dente 32 e da lesão, remoção de osso autógeno da região mentoniana, regeneração óssea guiada no defeito ósseo com a colocação de enxerto autógeno e xenógeno (bovino liofilizado) juntamente com membranas de Plasma Rico em Fibrina (PRF), tela de titânio, membrana de colágeno e sutura com posicionamento de faixas elásticas compressivas extra orais. Material encaminhado para o laboratório de patologia oral. O laudo histopatológico confirmou o diagnóstico de odontoma composto. A paciente está em acompanhamento e deve ser realizada uma nova intervenção para remoção da tela de titânio. Conclusão: A avaliação sistêmica do paciente, bem como o bom planejamento cirúrgico com exames complementares são essenciais para um melhor prognóstico, diante de pacientes com comprometimentos sistêmicos cardiovasculares.

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