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Efeitos da empagliflozina no coração de ratos com insuficiência cardíaca

JOÃO P. G. OLIVEIRA, PATRÍCIA A. BORIM, FELIPE C. DAMATTO, LEILIANE R. S. OLIVEIRA, GUSTAVO A. F. MOTA, MARIANA GATTO, DIJON H. S. CAMPOS, MARINA P. OKOSHI, KATASHI OKOSHI, LUANA U. PAGAN
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU - - SP - BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: Estudos demonstraram que os inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2 têm um efeito cardioprotetor na insuficiência cardíaca. O mecanismo proposto é a ação diurética, que reduz a pré-carga e a pós-carga do ventrículo esquerdo (VE). No entanto, não se sabe se esses inibidores, como a empagliflozina, têm efeitos durante a sobrecarga de pressão persistente do VE. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da empagliflozina no remodelamento cardíaco em ratos com insuficiência cardíaca induzida por estenose aórtica.

Métodos: 18 semanas após a indução da estenose aórtica, foram constituídos quatro grupos experimentais de ratos Wistar machos: Sham (n=15); sham + empagliflozina (Sham-EMP, n=16); estenose aórtica (EAO, n=27); estenose aórtica + empagliflozina (EAO-EMP, n=27). Empagliflozina (10 mg/kg/dia) foi adicionada à ração dos animais durante 8 semanas. O ecocardiograma foi realizado para avaliar a estrutura e função cardíaca. As atividades das enzimas antioxidantes foram avaliadas por espectrofotometria. A fração colágena intersticial miocárdica e o tamanho dos miócitos foram avaliados por histologia. Análise estatística: ANOVA 2x2 e Bonferroni ou Kruskal-Wallis e Dunn.

Resultados: O grupo EAO-EMP apresentou menor frequência de sinais clínicos e anatomopatológicos de insuficiência cardíaca, menor dilatação do VE (diâmetro diastólico do VE: Sham 8,39±0,57; Sham-EMP 8,25±0,38; EAO 9,80±0,53; EAO-EMP 9,08±0,87 mm; Diâmetro sistólico do VE: Sham 4,24±0,68; Sham-EMP 4,19±0,57; EAO 5,72±0,74; EAO-EMP 5,09±1,08 mm) e massa do VE (Sham 0,85±0,11; Sham-EMP 0,82±0,07; EAO 2,19±0,27; EAO-EMP 1,76±0,34 g) e melhores funções sistólica (velocidades de deslocamento das paredes  do anel mitral (Doppler tissular): Sham 3,42±0,31; Sham-EMP 3,12±0,44; EAO 2,42±0,34; EAO-EMP 2,68±0,30 cm/s) e diastólica (tempo de relaxamento isovolumétrico: Sham 28,6±2,28; Sham-EMP 29,8±3,04; EAO 18,9±2,59; EAO-EMP 22,9±5,02 ms) em comparação ao grupo EAO. Os grupos EAO e EAO-EMP apresentaram maior diâmetro dos miócitos e menor atividade da catalase em relação ao Sham e Sham-EMP, respectivamente. EAO apresentou maior concentração de hidroperóxidos lipídicos e menor atividade de glutationa peroxidase em relação ao Sham. EAO-EMP apresentou maior atividade da glutationa peroxidase e menor fração colágena em comparação ao EAO.

Conclusões: A empagliflozina melhora o remodelamento cardíaco e o estresse oxidativo miocárdico e reduz a frequência de sinais de insuficiência cardíaca e a fração colágena intersticial de ratos com insuficiência cardíaca.

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