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USO DA MEDIDA SUPRA-ANULAR PARA PROGRAMAÇÃO DE IMPLANTE DE VÁLVULA AÓRTICA TRANSCATETER EM PACIENTE COM VALVA BICÚSPIDE: UMA NOVA ABORDAGEM NA ESCOLHA DO TAMANHO DA PRÓTESE.

Paula Santiago Teixeira, Joyce Yamamoto, Attílio Galhardo, Ísis Begot Krainer, Breno O Almeida, Claudio Henrique Fischer, Adriano Caixeta, Leonardo Guimarães
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Aválvula aórtica bicúspide (BAV) é a doença cardíaca congênita mais frequente com prevalência de 1-2% na população geral e aproximadamente 10% nos pacientes submetidos a implante transcateter de valva aórtica (TAVI). Apesar da melhora de desfechos com uso de bioprotéses de terceira geração, pacientes com BAV submetidos a TAVI ainda apresentam maior taxa de refluxo perivalvular e menor taxa de sucesso quando comparado a valva aórtica tricúspide.   Recentemente, foi sugerido o uso da medida supra anular para determinar a escolha da prótese em pacientes com BAV com morfologia cônica do complexo da valva aórtica (presente em 10% de todas as BAV) e medida supra-anular menor que a anular, a fim de gerar melhor expansibilidade do dispositivo e potencial benefício na sua durabilidade. Objetivo: Avaliar a reprodutibilidade de utilizar a medida supra-anular para programação de TAVI em BAV. Método: Trata-se de um paciente  do sexo masculino, 73 anos, portador de BAV com dupla lesão aórtica e CF IV. O risco cirúrgico avaliado pelo STS de 1,82%;ecocardiograma (ETT) com fração de ejeção de 49%, regurgitação aórtica moderada e gradientes sistólicos máximo e médio de 94 e 62 mm Hg, respectivamente. A tomografia evidenciou acesso femoral favorável, BAV Sievers tipo 1 com calcificação importante, com ânulo aórtico apresentando área de 549 mm2 e perímetro de 83,4 mm (compatível com prótese Evolut R 34 mm, Figura1A) e medida supra-anular (4 mm acima do ânulo aórtico) com área de 389 mm2 e perímetro de 73,6 mm (compatível com prótese Evolut R 29 mm, Figura1B). Após discussão no Heart Team foi indicado TAVI transfemoral com uso de biopróteseEvolut R 29 mm. O procedimento foi realizado sob sedação consciente, com pré dilatação da valva aórtica com balão 23 mm, seguido de implante da biopróteseEvolut R 29mm (ao invés da Evolut 34 mm pela medida anular) sem intercorrências . ETT pós-procedimento com prótese em posição ótima, mínima regurgitação periprotética e gradiente sistólico máximo e médio de 8 e 4 mmHg, respectivamente. Recebeu alta hospitalar 24h após o procedimento. Conclusão: Empacientes com estenose valvar aórtica bicúspide candidatos a TAVI as medidas quantitativas na região intercomissural supra anular (4 mm acima do ânulo aórtico) se mostrou segura e eficaz na fenótipo cônico do complexo valvar aórtico. A escolha da medida supra-anular (versus a medida anular) pode impactar na escolha do tamanho da prótese.    

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