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Custo-efetividade de varfarina vs rivaroxabana na fibrilação atrial nova em pós operatório de revascularização do miocárdio (TASK-POAF)

Marcel de Paula Pereira, Eduardo Gomes Lima, Fabio Grunspun Pitta, Cibele Larrosa Garzillo, Henrique Trombini Pinesi, Bruno Mahler Mioto, Luis Henrique Wolff Gowdak, Francisco Carlos da Costa Darrieux, Omar Asdrubal Vilca Mejia, Carlos Vicente Serrano Junior
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

1) Introdução: Fibrilação atrial nova (FAPO) no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) é uma entidade observada em até 40% dos procedimentos. Apesar disso, há poucas evidências sobre o uso de anticoagulantes orais diretos (DOACs) neste cenário. 2) Métodos: Trata-se de estudo unicentrico, randomizado, prospectivo e aberto comparando duas estratégias de anticoagulação: Varfarina associada à ponte com enoxaparina versus rivaroxabana após FAPO. As medicações foram iniciadas durante a internação e o seguimento foi de 30 dias. O desfecho primário foi a avaliação de custo-efetividade. Os custos foram analisados ​​sob a perspectiva de saúde suplementar no sistema de saúde brasileiro. Anos de vida ajustados por qualidade de vida (QALY) foram avaliados usando o questionário SF-6D. O desfecho de segurança considerado foi qualquer sangramento pelos critérios da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH). 4) Resultados: Foram randomizados 51 pacientes que apresentaram FAPO para iniciar a anticoagulação assim que o risco de sangramento fosse considerado baixo e foram acompanhados por 30 dias. Vinte e seis pacientes foram randomizados para o grupo varfarina e 25 para o grupo rivaroxabana. Ambos os grupos tinham perfil de comorbidades semelhantes. Aproximadamente 60% dos pacientes foram operados em cenário eletivo e 40% em cenário de síndrome coronariana aguda. A mediana do desfecho primário de custo-efetividade foi de R$ 6832,8 no grupo da varfarina e R$ 2195,3 no grupo grupo rivaroxabana (p<0,001), conforme mostrado na Figura 1. O resultado do questionário SF-6D não apresentou diferença estatística entre os grupos (p=0,403). As taxas de sangramento foram de 26% no grupo varfarina e 12% no grupo rivaroxabana (p =0.18). 5) Conclusão: Neste estudo com seguimento de 30 dias, a estratégia de anticoagulação com rivaroxabana em pacientes com FAPO foi mais custo-efetiva em relação à terapia padrão com varfarina.

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