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CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO APÓS CIRURGIA CARDIACA COMO DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE NOVA CARDITE REUMATICA.

GABRIEL TAMBELLI, RULDNEY RAY DOS SANTOS, THIAGO ABIZAID, HELOISA LOPES DE OLIVEIRA, LEONARDO VIDAL CLER, JULIANA JANGELAVICIN BARBOSA
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A Cardiomiopatia de Takotsubo (CT) é um quadro de disfunção sistólica súbita e transitória do ventrículo esquerdo. Sua fisiopatologia envolve muitos mecanismos, sendo o mais aceito a hiperativação catecolaminérgica desencadeada por um estresse físico, emocional ou cirúrgico. A apresentação mais comum é associada a um balonamento apical por hipercinesia da região basal ventricular, havendo, porém, variantes conforme o local de maior acometimento. Enquanto a Miocardite Reumática Aguda é entidade pouco lembrada como etiologia de disfunção de ventrículo esquerdo.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino,  58 anos, histórico de febre reumática e Valvotomia Percutãnea com Balão há 12 anos, além fibrilação atrial; em pós operatório de troca valvar biologica em posição mitral, realiza Ecocardiograma Transtorácico (ECOTT) no primeiro pós operatório (PO), com prótese normofuncionante, fração de ejeção (FE) de 58%, ausência de alterações segmentares ou derrame pericárdico. Evoluiu no terceiro PO, com edema agudo de pulmão súbito e choque cardiogênico, refratário as medida clinicas e necessidade de ventilação invasiva. Realizado novo ECOTT evidenciando disfunção grave do ventrículo esquerdo, FE 22%, protese normofunciante, associada a alterações segmentares como discreta hipercinesia dos segmentos basais e hipocinesia dos segmentos médios e apicais do ventrículo esquerdo, sendo interrogada a possibilidade de CT ou de Miocardite por Atividade Reumática. Paciente apresentou alterações eletrocardiográficas como nova inverção de onda T de V1-V4, Troponina Ultrassensível de 3.200 ( referência < 11) e NT-pro BNP de 42.000. Cineangiocoronariografia mostrou ausência de lesões obstrutivas relevantes. Após manejo clinico de choque cardiogênico, foi introduzido medicamentos que aumentem a sobrevida de Insuficiência Cardiaca de FE Reduzida. Após  2 semanas quadro agudo, foi submetida a  Ressonância Magnética cardíaca (RMC) com ausência de realce tardio ou edema celular, FE 53% e ausência de déficits segmentares, sem outros achados relavantes.

DISCUSSÃO: Faz-se necessário aventar a hipótese de Miocardite Reumática Aguda frente a nova disfunção do venriculo esquerdo. Sua investigação envolve RMC e/ou Cintilografia com Galio e o tratamento baseado em corticoterapia.  

CONCLUSÃO: O relato descrito se destaca por demonstrar um diagnóstico diferencial entre CT e Atividade de Cardirte Reumática. Para tanto,  o ECOTT e a RMC foram fundamentais para o diagnóstico e manejo adequado.

 

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