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MIOCARDIOPATIA ISQUÊMICA POR LESÃO ESTENÓTICA FOCAL DE TRONCO DE CORONÁRIA ESQUERDA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE VASCULITE DE GRANDES VASOS EM PACIENTE SEXAGENÁRIA

SILVA, PG, IKARIMOTO, BM, LEAL, TAT, SOEIRO, AM, SOARES, PR
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: As vasculites constituem causas raras para o desenvolvimento de lesões coronárias, por vezes ocasionando quadros de elevada gravidade e risco á vida.  Usualmente, este grupo de doenças cursa a princípio com sintomas inespecíficos e acometimento de diversos sistemas. Aqui expomos um caso no qual a manifestação inicial foi o desenvolvimento de uma miocardiopatia isquêmica por lesão estenótica grave do tronco da coronária esquerda (TCE)

Relato de Caso: Mulher de 63 anos sem comorbidades prévia iniciou investigação ambulatorial para quadro de dispneia e angina há 1 ano, ambas à época desencadeadas aos mínimos esforços. Após diagnóstico de miocardiopatia dilatada com fração de ejeção reduzida (37%) em ecocardiograma transtorácico, solicitada cineangiocoronariografia eletiva para avaliação de coronariopata. Houve não-progressão do cateter pela artérias braquial e subclávia direitas, sendo constatada estenose das mesmas por angiografia e continuado exame pela artéria radial esquerda. Evidenciada estenose focal de 70% em porção distal de TCE, sem demais lesões ou alterações em demais coronárias. Internada para revascularização de urgência.

Feita angiotomografia de aorta e ramos, sendo detectados: espessamento parietal circunferencial na transição entre as artérias subclávia e axilar à direita, determinando redução luminal segmentar significativa (>50%); espessamento parietal circunferencial da aorta ao longo de todo seu trajeto, atingindo espessura aproximada de 0,3 cm, sugestivo de vasculite. Encaminhada paciente para realização de PET-CT, o qual corroborou a hipótese diagnóstica com documentação de incremento difuso e heterogêneo do metabolismo glicolítico, de intensidade discreta/moderada, sugestivo de processo inflamatório compatível com vasculite de grandes vasos. Exames laboratoriais apresentaram sorologia negativa para Chagas ou sífilis, além de fator antinuclear negativo.

Iniciada pulsoterapia  com metilprednisolona 1mg/kg/dia e realizada angioplastia de TCE com emprego de 2 stents farmacológicos Inspiron em territórios de artérias descendente anterior e circunflexa, com implementação da técnica de mini-crush e pós-dilatação com técnica kissing-balloon. Utilizado balão intra-aórtico para proteção coronariana durante procedimento. Foram administrados AAS e ticagrelor (60mg em dose de ataque seguida de manutenção 10mg ao dia) como terapias antiplaquetárias prévia à intervenção. Obtido bom resultado angiográfico e resolução do quadro anginoso após revascularização, recebeno alta médica para seguimento com reumatologista.

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