SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TAVI em paciente jovem com disfunção biventricular importante

Rayane Fontoura Koch, Alberto Colella Cervone, Bárbara Vidigal dos Santos, Paul Alejandro Salvador Morales, Luiz Minuzzo, Samira Kaissar Nasr Ghorayeb, Roberto Tadeu Magro Kroll, Dorival Júlio Della Togna, Dimytri Alexandre de Alvim Siqueira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO: O implante transcateter de válvula aórtica (TAVI) é uma opção para o tratamento da estenose aórtica importante e sintomática em pacientes com todos os espectros de risco cirurgico, sendo indicada segundo as diretrizes atuais para paciente com idade superior a 65 anos.

 

MÉTODOS: Homem, 52 anos, tabagista ativo. Iniciou em junho de 2019 quadro de dispneia Classe funcional NYHA II/ III, com piora gradativa e associada a dor torácica atípica. Em seguimento ambulatorial, realizou ecocardiograma transtorácico (Ecott) que evidenciou área valvar aórtica de 0,8 cm2 e gradiente médio de 42mmHg, disfunção grave de ventrículo esquerdo (FEVE 27%) e moderada de ventrículo direito (FAC 24%), além de insuficiência mitral funcional importante e hipertensão pulmonar (PSAP) de 71mmHg estimada pelo refluxo tricúspideo. O caso foi então discutido em Heart team que devido ao alto risco cirúrgico e parâmetros tomográficos favoráveis, foi indicado a TAVI, realizada em 09/12/2021 com prótese balão expansível Myval (Meril) 23 mm. Logo após o implante apresentou taquicardia ventricular monomórfica, com necessidade de cardioversão elétrica, com retorno ao ritmo de base após apenas um choque sincronizado. Permaneceu em UTI por dois dias, evoluindo bem e recebeu alta hospitalar assintomático. Em consulta de retorno 30 dias após o procedimento, mantendo estabilidade e atualmente em dispneia classe funcional I da NYHA. Ao Ecott de controle, realizado em 31/01/2022 evidenciou prótese biológica em posição aórtica normoposicionada com orifício efetivo de fluxo 1,6 cm2, gradiente médio 9mmHg e FEVE de 30%.

 

RESULTADOS: Em geral, a maioria dos estudos envolvendo pacientes candidatos a TAVI, selecionaram apenas pacientes de maior faixa etária, a partir de 70 anos, tal como indicam as principais diretrizes (> 65 anos). Percebe-se que por um lado houve uma extrapolação da indicação, visto a idade de 52 anos, porém  o o elevado risco cirúrgico contribuiu para a indicação da abordagem percutânea. É necessário lembrar a preocupação com a durabilidade de longo prazo das próteses transcateter, principalmente na população mais jovem que é tema ainda pouco estudado.

 

CONCLUSÃO: Os atuais guidelines colocam a TAVI em posição de destaque (classe de recomendação I e nível de evidencia A) no arsenal terapêutico de estenose aórtica para paciente acima de 65 anos. Porem pacientes mais jovens com limitações a cirurgia podem se beneficiar da TAVI.

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022