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Recanalização de oclusões coronarianas crônicas pela via transradial distal: insights dos registros DISTRACTION e LATAM CTO.

Marcos Danillo Peixoto Oliveira, Lélio Lemos Pinto Neto , Ednelson Navarro, Adriano Caixeta
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - SP - Brasil

Racional. A oclusão coronariana crônica (CTO) representa o cenário mais desafiador à intervenção coronariana percutânea (ICP). O acesso transradial distal (dTRA) apresenta, em relação ao seu antecessor (transradial proximal), vantagens como hemostasia mais célere e menores taxas de oclusão da artéria radial (AR) proximal. Há, todavia, limitados dados tangentes ao dTRA na ICP-CTO. Material e métodos. Descrevem-se os dados de 93 pacientes (pcts) submetidos a ICP-CTO via dTRA (acesso primário) e incluídos nos registros LATAM CTO e DISTRACTION (DIStal TRAnsradial access as default for Coronary angiography and intervenTIONs). Resultados. As tabelas expõem as características dos pcts e dos procedimentos. A média de idade da amostra foi 62,8±9,9 anos, com predomínios de gênero masculino (77,4%), hipertensão arterial sistêmica (84,9%), tabagismo ativo atual ou pregresso (61,3%) e síndromes coronarianas crônicas (74,2%); 45,2% possuíam diabetes ou ICP prévia. As indicações para a ICP-CTO atenderam às recomendações formais, destacando-se alívio de angina refratária (90,8%). Com J-CTO escore médio de 1.8±1.06, todas as ICP-CTO foram executadas com técnicas de cruzamento anterógrado dos dispositivos, essencialmente por limitações ao uso de devices específicos para a via retrógrada (86.3% de pacientes do SUS). Não obstante, logrou-se satisfatória taxa de sucesso (89,2%), além de adicionais 6,5% de “modificação da CTO”, com médias de 1.89±0.85 stent farmacológico/ICP-CTO e extensão de 64.68±27.99mm. Com exceção de apenas 3 “access site crossovers”, logrou-se inserção bem-sucedida do sheath, mormente 6Fr (95,7%), por via dTRA direito (63,4%) e hemostasia por TR band® (88,2%). Houve repetição de dTRA ipsilateral (redo dTRA) em 13 (14%) pcts e dTRA bilateral concomitante (simultaneous coronary dual injection) em 14 (15,1%) pcts. As artérias descendente anterior e coronária direita foram os território-alvo mais prevalentes (49,5 e 32,3%, respectivamente). Não ocorreram complicações maiores relacionadas aos procedimentos, nem qualquer documentação de oclusão de AR (distal e proximal) à alta hospitalar. Conclusões: mesmo para quão desafiador cenário como a ICP-CTO, o dTRA (bem como a sua repetição ipsilateral e a sua concomitância bilateral), executado por operadores proficientes, é exequível e seguro, com significativa redução de complicações associadas à via de acesso, bem como conforto a paciente e operador.

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