Introdução: Algumas variáveis influenciam o prognóstico de pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCST), principalmente no impacto do tamanho do infarto, como dislipidemia e diabetes. Mas não encontramos estudos que abordassem de forma ampliada a relação entre fatores de risco e escores eletrocardiográficos de gravidade do infarto. Objetivo: Analisar a relação dos fatores de risco cardiovascular, autopercepção da saúde de pacientes com IAMCST e escore eletrocardiográfico Determine de gravidade da doença. Método: Estudo transversal, descritivo-analítico, realizado na unidade coronariana de um hospital terciário, com uma amostra de conveniência entre agosto de 2019 e março de 2020. Foram elegíveis e incluídos indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, com capacidade para ler e escrever, apresentando IAMCST. Foram excluídos os indivíduos sem condições clínicas e/ou que evoluíram a óbito durante a internação. Os dados foram coletados por entrevista, autopreenchimento das escalas adotadas e consulta ao prontuário do paciente para resultados de exames laboratoriais e de imagem. As variáveis estudadas foram agrupadas em dados sociodemográficos, autopercepção da saúde, conhecimento da doença arterial coronariana, fatores de risco cardiovascular e gravidade do infarto (Escore Determine). Para a análise dos dados, foi aplicado o teste t de Student não pareado ou o teste de Mann-Whitney, de acordo com a distribuição dos dados. Em seguida, foi realizado regressão linear múltipla entre as variáveis independentes e o escore Determine. Para todas as análises foram consideradas estatisticamente significantes se p<0,05. Resultados: A amostra foi constituída por 62 indivíduos, composta principalmente pelo sexo masculino (80,65%), com idade média de 58,3 ± 12,9 anos, sendo 69,4% vivendo com companheiro(a). A razão TG/HDL-c alterada e a autoavaliação negativa da saúde se associaram a maiores pontuações do escore Determine de gravidade do infarto em pacientes com IAMCST.Conclusão: Reconhecer os fatores que podem interferir na gravidade do infarto pode nortear as ações em saúde em todos os níveis de assistência, promovendo práticas a serem implementadas de forma mais precisa e qualificando esse cuidado.
