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Aspectos relacionados à adesão de pacientes ao uso de novos anticoagulantes orais: análise pela Morisky Medication Adherence Scale.

Paula Rocco Gomes Lima, Ana Railka de Souza Oliveira Kumakura
FEnf-Faculdade de Enfermagem-Unicamp - Campinas - sp - Brasil

O aumento da expectativa de vida mundialmente trouxe como consequência as doenças cardiovasculares (DCV), entre elas as doenças tromboembólicas. Como tratamento indicado para essas doenças, surgem os novos anticoagulantes (NOAC) com a proposta de maior segurança, com redução dos eventos adversos. Contudo, estudos internacionais demonstraram oscilação nos índices de adesão destes paciente aos NOAC. No contexto da medida de adesão à medicação, a medida indireta por meio dos instrumentosautorrelatados se destaca, pelo seu baixo custo e fácil aplicabilidade. Logo, motivado pela escassez de estudos que abordam esses aspectos em pacientes brasileiros com DCV, resolveu-se implementar esta pesquisa frente ao aumento do número de paciente em uso de NOAC. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar a adesão autorrelatada dos pacientes com DCV ao uso de NOAC e identificar os fatores sociodemográficos e clínicos relacionados à adesão a esses medicamentos. Método: estudo descritivo, correlacional e transversal, realizado com pacientes em acompanhamento ambulatorial, em um município do interior de São Paulo.A coleta de dados sociodemográficos, clínicos e de adesão, por meio da Morisky Medication Adherence Scale-8 (MMAS-8), ocorreu por telefone devido às restrições impostas pela pandemia da COVID-19. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer no. 3.985.869) no ano de 2020.  Análise estatística: Empregaram-se análises descritiva, de comparação por meio do teste não-paramétrico de Mann-Whitney e de correlações por meio do coeficiente de correlação de Spearman. Para os modelos de regressão linear múltiplos e generalizados, considerou-se o escore da MMAS-8 como variável dependente. Resultados: participaram do estudo 120 pacientes com DCV em uso de NOAC há 32,3 meses (DP=31,2), em média. Mais da metade da amostra era de mulheres (55,8%), inativas profissionalmente (88,3%), com média de idade de 70,1(DP=13,8) anos e renda familiar média de 6,7 salários mínimos (DP=4,7). O escore médio de adesão foi de 7,35 (DP=0,9) em um intervalo possível entre 1 e 8, indicando média adesão medicamentosa. Situação empregatícia inativa, sexo feminino, maior renda familiar e acompanhamento em ambulatório público relacionaram-se à maior adesão a esses medicamentos. Conclusão: os pacientesapresentaram média adesão aos NOAC. Situação empregatícia, sexo, renda familiar e tipo de acompanhamento ambulatorial relacionaram-se à adesão medicamentosa, devendo ser considerados no delineamento de intervenções para esse público.

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