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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise da aderência aos exercícios físicos sem supervisão após um programa de tele reabilitação cardiovascular

Mori, RY, Castro, CAP, Arcas, CS, Santucci, BP, Alves, GZB, Carreiro, GM, Moraes, BS, Silva, PGMB, Ferreira, LTD, Rocco, EA
Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: O comportamento sedentário é considerado um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce. A Reabilitação Cardiovascular (RCV) tem por objetivo, além da melhora clínica, promover um estilo de vida saudável. Sabe-se que os melhores resultados dos programas de reabilitação são obtidos através da continuidade dos treinos. Em muitos casos, após o programa supervisionado (PS) os pacientes não se sentem aptos a prosseguir seu treinamento, resultando no abandono de um estilo de vida ativo. Objetivo: Analisar a aderência à prática do exercício físico regular após período de tele reabilitação (TR). Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo onde foram incluídos 67 indivíduos que realizaram o PS no período de setembro de 2020 a fevereiro de 2022, com diagnóstico de doença arterial coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC), trocas valvares (TV) e COVID-19. Os participantes realizaram um programa de TR após o término do PS. O programa de TR foi composto de até 10 sessões de 60 minutos, uma vez por semana, supervisionado à distância por um profissional de educação física. Este programa visa ensiná-los a utilizar materiais que possuam em sua própria residência, para a prática de exercícios físicos, incentivando-os a dar continuidade nas atividades após o término do PS. Para analisar a aderência ao exercício e o tempo sedentário de cada paciente foi aplicado o questionário IPAQ – versão curta, no início e ao final do programa TR. A caracterização da amostra foi apresentada em porcentagem, média e desvio padrão. A comparação entre as variáveis categóricas foi feita através do teste . Resultados: A amostra foi composta de 67 indivíduos, dos quais 64% eram homens. A média de idade foi de 60,54 ± 9,81. Sessenta e um por cento tinham diagnóstico de DAC, 13% IC, 10% TV e 31% COVID-19. Na categoria exercícios leves não houve diferença significante com relação ao tempo de treino (p= 0,054), no entanto, houve diferença significante em relação a frequência semanal (p= 0,007). Na categoria exercícios moderados houve aumento no tempo de treino (p= 0,041) e não na frequência semanal de treinos (p= 0,055). Não houve diferença significante na categoria exercícios vigorosos com relação ao tempo de treino (p= 0,473) e nem na frequência semanal (p=0,390). No geral, o tempo sedentário foi menor após o programa de tele reabilitação (p < 0,001). Conclusão: Baseado nas variáveis de tempo de treino, frequência semanal e tempo sedentário a aderência dos indivíduos melhorou após o programa TR.

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42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022