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Hiperaldosteronismo Primário: Diagnóstico a ser lembrado?

EVA INES ARABE PEREIRA, Olivia Fagundes Bruno, Victoria Rodrigues Gomes Da Costa, Alvaro Frederico Neto, Igor Fernandes Formigal, Paulo Vitor Kataoka, Elson Vidal Martins Junior, Rodolfo Leite Arantes, Fernando Focaccia Póvoa, Juliana Filgueiras Medeiros
AngioCorpore / Hospital Beneficência Portuguesa de Santos - Santos - São Paulo - Brasil

INTRODUÇÃO :A hipertensão arterial secundária é uma doença crônica definida por níveis pressóricos persistentemente elevados de causa identificável, podendo ser tratada com intervenção específica determinando assim cura ou a melhora do controle pressórico.O hiperaldosteronismo primário (HAP) é uma síndrome na qual a glândula adrenal promove aumento da secreção de aldosterona, causando hipertensão arterial, podendo levar a hipocalemia.

MÉTODOS: Paciente feminina, 37 anos, com hipertensão resistente há 10 anos (em tratamento com três anti-hipertensivos em doses plenas, sendo um diurético), procurou atendimento em consultório cardiológico, por recomendação do seu ginecologista para melhor controle pressórico, uma vez que desejava engravidar porém havia contraindicação devido a doença de base. Na consulta, apresentou pressão arterial de 260x120mmhg, sendo indicada internação hospitalar. Foi submetida a investigação com exames complementares, apresentando tomografia de abdome com nódulo em adrenal esquerda e níveis de potássio sérico de 2,8 mEq/L. Obteve-se controle pressorico com losartana 100mg/dia, hidroclorotiazida 50mg/dia, anlodipino 10mg/dia, aldactone 100mg/dia, atensina 0,2mg/dia, bisoprolol 2.5mg/dia. Devido a nivéis pressóricos extremamente elevados, não houve suspensão da espironolactona para coleta da renina e aldosterona, sendo sua relação R/A menor que 25.

RESULTADO: Apesar da relação R/A < 25, diante de uma alta probabilidade de HP, paciente jovem, com menos de 40 anos, com nódulo em adrenal esquerda e hipertensão arterial refratária a terapia medicamentosa otimizada e hipocalemia persistente, optou-se por adrenalectomia esquerda por vidolaparocopia. Após o procedimento foi possível diminuir o numero de anti - hipertensivos, obtendo melhor controle dos níveis pressoricos. Obtivemos também melhora da concentração de potassio sérico.

CONCLUSÃO: O HAP por adenoma adrenal é causa de hipertensão secundária, pouco lembrada frente ao paciente com hipertensão, retardando o diagnóstico e implicando em exposiçao a eventos cardíacos, cerebrais e renais.

 

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