O aumento e a distribuição da gordura corporal estão associados a maior incidência de doenças cardiovasculares. Dentre os métodos utilizados para avaliar a composição corporal, a Bioimpedância Elétrica (BIA) tem sido largamente empregada. OBJETIVO: Analisar o efeito de um programa de exercícios físicos sob a composição corporal avaliada pela BIA em pacientes após Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) que participam da Reabilitação Cardíaca (RC). MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo submetido e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (3.902.172). Foram avaliados em um período de 3 meses 13 pacientes que sofreram IAM: 69,2% eram do sexo masculino. Para mensurar com o método de Bioimpedância, foi utilizada a balança (OMRON HBF-514C) onde, os pacientes precisavam estar em jejum por pelo menos 4h, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 48h, não ter realizado exercício físico intenso nas últimas 24h e urinar pelo menos 30min antes da avaliação, deverá segurar o aparelho com os braços estendidos à frente, formando um ângulo de 90º com o tronco, com ambas as mãos sobre os elétrodos e os pés posicionados sobre os eletrodos. O treinamento físico era realizado a partir da prescrição de Frequência Cardíaca (FC) de treino entre 60 e 80% da FC de reserva em cicloergômetro em um período médio de 3 meses. O treinamento resistido foi composto por 6 exercícios que trabalhavam membros superiores e inferiores realizados à 50% de 1 repetição máxima com incremento semanal, com 3 séries de 10 repetições. Para testar a normalidade dos dados utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov, para comparar as médias foi usado o teste-T de amostra em pares. Para as análises descritivas foi empregado média e desvio padrão. RESULTADOS: a média de idade dos participantes foi de 61,4 ± 7,2. A altura média foi 167,3 cm ± 10,81. Foram encontradas diferenças estatísticas significativas nas médias do percentual de gordura corporal 35,8% ± 8,33 Pré e 33,8% ± 9,67 Pós, p valor = 0,023, percentual de massa magra, 27,7 ± 3,91 Pré e 28,8 ± 4,86 Pós, p valor = 0,035. Não foram encontradas diferenças significativas no peso 84,32Kg ± 15,83 Pré e 79,06 ± 19,91, p valor= 0,212, IMC pré 30,3 ± 5,11, IMC Pós 29,86 ± 5,40, p valor= 0,069 e gordura visceral 14,15 % ± 3,76 Pré, 13,84 ± 5,39 Pós, p valor= 0,753. CONCLUSÃO: Os achados apresentam a importância do serviço de reabilitação cardíaca em pacientes que sofreram um IAM para a melhoria da composição corporal, aumentando a massa magra e redução no percentual de gordura.