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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Amiloidose Cardíaca em Paciente com Fibrilação Atrial de Baixa Resposta Ventricular

AROUCA, L. O., GOSMANO, N. P., MOURA, S. C., PIEDADE, M. A. O., COSTA, T. A. O, WILI, L. F., SILVA, B. S. L., ANTUNES, M. O.
Hospital Universitário São Francisco (HUSF) - Bragança Paulista - SP - Brasil

Introdução: A Amiloidose faz parte do grupo de doenças em que há o depósito de proteínas estruturalmente anormais - as fibrilas amiloides - em tecidos, podendo afetar múltiplos sistemas. Quando esse depósito ocorre no coração, caracteriza o espectro da doença definida como Amiloidose Cardíaca (AC). Muitas vezes, sua apresentação clínica constitui-se de sintomas inespecíficos e variados, dificultado o seu reconhecimento, portanto a associação da alta suspeição clínica aos exames complementares podem refinar o diagnóstico. Assim, pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e/ou distúrbios eletrocardiográficos sugestivos (ondas Q na ausência de histórico de infarto miocárdico prévio, baixa voltagem do QRS, fibrilação atrial (FA) de baixa resposta ventricular e/ou bloqueios atrioventriculares), a AC deve ser considerada e investigada. Atualmente, técnicas auxiliam no diagnóstico como o ecocardiograma (ECO) com análise do strain miocárdico, a cintilografia miocárdica com pirofosfato e a ressonância magnética, além de testes sanguíneos para avaliação da genotipagem. Relato de caso: Paciente sexo masculino, 71 anos, atendido no serviço de emergência por fadiga associada episódio de síncope. Como antecedentes, era hipertenso e portador de FA em uso de anticoagulantção oral. Na admissão foi realizado eletrocardiograma (ECG) que evidenciou FA de baixa reposta ventricular, com frequência cardíaca de 36 bpm, e complexo QRS de baixa amplitude (<0,5 mV) em plano frontal. Em relação aos exames laboratoriais, não houve alterações significativas. Foi então realizado medidas para estabilização clínica, considerando a FA de baixa resposta ventricular associada a síncope, foi realizado o implante de marcapasso transvenoso provisório. Paciente realizou ECO, o qual demonstrou fração de ejeção de ventrículo esquerdo de 56,48%, diâmetro ventricular direito 49 mm, átrio esquerdo 45 mm, index massa ventrículo esquerdo 132,67, espessura diastólica do septo 11mm, espessura diastólica da parede posterior ventrículo esquerdo 11mm. Considerando os sinais de hipertrofia ventricular e ECG com baixa amplitude de QRS, foi solicitado a cintilografia miocárdica com pirofosfato, a qual confirmou o diagnóstico de AC. Conclusão: Este caso ilustra a importância de pensar no diagnóstico de AC, sobretudo em paciente idosos com distúrbios do ritmo, QRS de baixa amplitude e hipertrofia ventricular. O seu reconhecimento é fundamental para determinar um diagnostrico precoce, tratamento específico e, consequente, melhor prognóstico.

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