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Perfil epidemiológico de mortalidade por cardiomiopatias no estado da Bahia de 2010 a 2019

Lailson joaquim da Silva , Efraim Solidade Pacheco, Gilglécia dos Santos Mendes, Iago Araújo Novais, Heloize Moura Pereira, Luíza Pessôa Andrade, Maria Rita Fernandes, Tailane Cristina de Souza,
Universidade do estado da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil

 

INTRODUÇÃO: Para a Associação Americana do Coração, cardiomiopatias são doenças do miocárdio relacionadas à disfunção mecânica ou elétrica, podendo repercutir em dilatação e/ou hipertrofia ventriculares indevidas.  Elas são importantes causas de morbimortalidade, sobretudo pela morte súbita e insuficiência cardíaca. A descrição das características epidemiológicas dos casos de mortalidade por esse agravo é relevante para o planejamento de medidas de prevenção e redução da mortalidade. Assim, o presente estudo objetiva analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por cardiomiopatias na Bahia entre 2010 e 2019. MÉTODOS: Estudo do tipo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo, baseando-se em informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), entre 2010 e 2019, na Bahia, Brasil. Informações sobre óbitos por cardiomiopatias foram analisadas relacionando faixa etária, sexo, raça, escolaridade e a região/unidade federativa brasileira. Os dados foram tabulados e analisados utilizando Microsoft Excel (2013). RESULTADOS:Na Bahia, nesse período, notificaram-se 3144 óbitos por cardiomiopatias. Houve um decréscimo na prevalência, passando de 2,5 por 100 mil habitantes em 2010 para 2,1 em 2019. Quanto à faixa etária, evidenciou-se aumento proporcional da mortalidade considerando o envelhecimento, com maior tendência em indivíduos de 80 anos ou mais (23,1%). Observou-se maior número de óbitos em pardos (61,8%), solteiros (36,8%), do sexo masculino em todas as faixas etárias, exceto na categoria 80 anos ou mais, em que predominam óbitos do sexo feminino (52,9%). Destaca-se a maior prevalência de mortalidade em indivíduos com nenhuma ou com 1 a 3 anos de escolaridade (61,4%). A maioria dos óbitos foram registrados em hospitais (60,2%).CONCLUSÃO: Conclui-se que as cardiomiopatias se configuram como um importante problema para a Bahia, com prevalência em indivíduos idosos, pardos e do sexo masculino, podendo relacionar-se a fatores, como a hipertensão e o sedentarismo. Observa-se o aumento progressivo do risco para mulheres com o avanço da faixa etária, podendo associar-se à perda da proteção pelos hormônios femininos, principalmente o estradiol, após menopausa. Já a maior prevalência de mortalidade por cardiomiopatias entre indivíduos com nenhuma ou com até 3 anos de escolaridade revela o cunho socioeconômico associado a esse agravo. Assim, ressalta-se a relevância de políticas preventivas em saúde voltadas especialmente para esses indivíduos na Bahia, a fim de reduzir a mortalidade por esse agravo.

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