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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Indivíduos que contraíram COVID possuem valores superiores de onda de pulso e seus parâmetros hemodinâmicos para rigidez arterial?

Sara Cristine Marques dos Santos, Luan Tardem Veloso Teixeira, Thaís Lemos de Souza Macedo, João Pedro de Resende Côrtes, Ivan Lucas Picone Borges dos Anjos, Paula Pitta de Resende Côrtes, João Carlos de Souza Côrtes Júnior, Eduardo Tavares de Lima Trajano, Carlos Eduardo Cardoso, Ivana Picone Borges de Aragão
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS - RIO DE JANEIROO - RJ - BRASIL

INTRODUÇÃO: Na infecção por COVID, o enrijecimento vascular pode ser induzido devido ao dano indireto causado pelo vírus e seu estado inflamatório sistêmico e a ligação com a enzima conversora de angiotensina 2, que causam injúria celular1. Esses mecanismos podem contribuir para o avanço da aterosclerose e aumento do risco cardiovascular; rigidez arterial e augmentation index em indivíduos previamente infectados. O objetivo do presente estudo foi buscar a correlação entre os dados da análise da onda de pulso em indivíduos de até 30 anos que testaram positivo para COVID em no mínimo 15 dias antes do exame e indivíduos que não se infectaram. METODOLOGIA: Estudo observacional e transversal, realizado de maio a julho de 2021 em estudantes com idade superior a 20 e inferior a 30 anos, em conformidade com a atual diretriz de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sob parecer do Conselho de Ética em Pesquisa n° 4.826.562. De 59 participantes, 4 foram excluídos pela ausência de respostas sobre a infecção por COVID e 10 por idade >30 anos. Após a seleção, os participantes foram divididos em 2 grupos: COVID prévio (CoP) e não infectado (NI). Utilizou-se um questionário anônimo e os valores fornecidos pelo aparelho Arteris por meio do método oscilométrico: VOP, AIX@75, frequência cardíaca(FC), pressão sistólica central (PSC) e diastólica central (PDC). Calculou-se a média, valor máximo, mínimo pelo programa Excel. Realizada avaliação de normalidade da amostra (Shapiro-Wilk), e teste T de Student não pareado (com correção de Welch) para amostras paramétricas e Mann Whitney para não paramétricas, com nível de confiança de 95% atravésSoftware GraphPad Prism versão 9.2. RESULTADOS: No grupo CoP, a médias foram:  VOP 4,65m/s (5,4±4,2); AIX@75 23,22% (40,7±9,3); FC 89,5bpm (119±71); PSC 97,72mmHg (118±80); PDC 76,68mmHg (98±61). Enquanto no grupo NI, as médias foram: VOP 4,58mmHg (5,2±3,1); AIX@75 21,85% (41,7±5,3); FC 86,3bpm (128±60); PSC 97,6mmHg (113±80) e PDC 73,8mmHg (54±91). Não houve diferença estatística entre os valores de VOP (p=0,95) e AIX@75 (p=0,63) entre o grupo CoP e NI. CONCLUSÃO: Apesar de terem sido observados valores maiores para o grupo CoP nos diversos parâmetros hemodinâmicos e de rigidez arterial, não foi obtida diferença estatística entre esse grupo e o grupo NI. Entretanto, é válido ressaltar a importância de mais estudos na área para que seja possível afirmar ou descartar a influência do vírus SARS-COV-2 na integridade vascular.

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42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022