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ANÁLISE DA ONDA DE PULSO COMO MARCARDOR DE PROGNÓSTICO CARDIOVASCULAR: EXISTE ESPAÇO PARA AVALIAÇÃO DA RIGIDEZ ARTERIAL NA DOENÇA CORONARIA?

DAVID FERREIRA DE LIMA DUARTE, Maria Gabriela Pimenta dos Santos, Julia Resende de Oliveira , Gabriela Gama Zagni Jardim, Antonio Carlos Eberienos Assad Filho, Paola Pugian Jardim, Andréa Vaospasse Cocco Faria, Lílian Soares da Costa
Universidade Estácio de Sá Campus /IDOMED - RIO DE JANEIRO - RJ - Brasil, Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro-IECAC - RIO DE JANEIRO - RJ - Brasil

INTRODUÇÃO: O uso de escores e a análise da pressão arterial (PA) braquial tem sido ferramentas muito úteis para predizer eventos cardiovasculares (CV), embora seja considerada uma tarefa complexa. Por terem essas ferramentas limitações significativas, novos estudos enfatizam parâmetros oscilométricos como possíveis melhores preditores de risco, como a análise da velocidade de onda de pulso (VOP), demonstrando que o aumento da VOP dobra o risco de eventos CV, mortalidade CV e morte por todas as causas. Entretanto, em indivíduos de alto risco CV, independentemente de sua idade vascular, esta correlação não é totalmente clara e definida. MÉTODOS: Estudo de coorte avaliando pacientes com doença arterial coronariana acompanhados em um hospital terciário de cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas medidas de pressão arterial, VOP, medidas antropométricas e análise de prontuários. RESULTADOS: Apresentamos a análise da VOP em uma série de dez casos consecutivos de indivíduos com doença coronariana (DAC) grave, caracterizada por lesões ≥ 70% em artérias principais (descendente anterior, circunflexa ou direita) ou lesão ≥ 50% em tronco de coronária esquerda, de uma coorte de 163 indivíduos com média de idade 65,8 anos (58-77 anos). Nosso subgrupo de dez indivíduos, apresentava média de idade 64,1 anos (55-78 anos), 70% masculino, com múltiplos fatores de risco e comorbidades associados, sendo quatro com diabetes mellitus, hipertensão arterial (HA) e dislipidemia (DISL); seis com HA e DISL, dois com HA e, um com HA e DISL. Embora 6/10 indivíduos estivessem com valores de PA normais, parâmetros de VOP elevados, ajustados para idade, sexo e presença de fatores de risco, foram encontrados. CONCLUSÃO: A análise de rigidez arterial identificou valores de VOP elevados em quatro indivíduos, levando-se a suposição de um possível papel desta ferramenta como marcador de prognóstico CV, neste grupo particular de indivíduos de muito alto risco. Neste contexto, acreditamos que a rigidez arterial, além de possível manifestação precoce de aterosclerose, como consagrado em diretrizes nacionais e internacionais, possa ser um marcador relevante de prognóstico CV. Perspectivas futuras em relação ao papel da VOP em predizer maior risco de evolução da DAC, avaliação de diferentes repostas terapêuticas ou mesmo inferências em relação a prognóstico, merecem ser discutidas em análises futuras de diferentes coortes.

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