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Abordagem minimamente invasiva de Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva e Estenose Aórtica em paciente oncológico: desafio clínico.

Mariane Higa Shinzato, Rizek M H Gomides, Brunna Pileggi, Rômulo F de Moraes, Bianca F Barrese, Silvia M R Fonseca, Thalita B Gonzalez, Stephanie I Rizk, Roberto Kalil F, Ludhmila A Hajjar
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A Cardiomiopatia hipertrófica e a Estenose aórtica cursam com obstrução ventricular esquerda e hipertrofia septal. Em pacientes com ambas as doenças, isso pode ser um dilema e por isso, documentamos um caso de um paciente oncológico, na qual foi discutido abordagem minimamente invasiva.

Relato de Caso: Paciente masculino, 73 anos, portador de Leucemia Mielóide Crônica em uso de Imatinibe e Doença Renal Crônica admitido com dispnéia classe funcional (CF) III e dor torácica atípica em Fevereiro/2020. Ao exame físico, ausculta cardíaca com sopro sistólico 3+/6+ em foco aórtico. Ressonância magnética cardíaca evidenciou hipertrofia assimétrica de predomínio septal do ventrículo esquerdo (VE), com septo de 18 mm e parede posterior de 13 mm, com obstrução de via de saída de ventrículo esquerdo significativo com movimento anterior sistólico da valva mitral, Fração de ejeção de 80%, VE 46 x 25 mm, válvula aórtica espessada com área valvar de 0,9 cm². Caso discutido em Heart Team e, considerando paciente com quadro de Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e Estenose aórtica importante estágio D, optou se por abordagem minimamente invasiva com Ablação septal alcoólica em Setembro/2020 (Fig. 1). Ecocardiograma (ECO) intraoperatório evidenciou septo 20mm e gradiente de via de saída de VE de 20mmHg e máximo de 41 mmHg. Após o procedimento, o gradiente máximo foi de 10 mmHg. Paciente evoluiu com bloqueio atrioventricular com necessidade de implante de Marcapasso definitivo e melhora clínica. Em Dezembro/2021, reinterna com dispnéia CF III, dor torácica típica e episódios de síncope desliga liga com realização de troca valvar aórtica percutânea (Figura 2). Em consulta de 3 meses de evolução, paciente assintomático em CF I e ECO de controle com presença de endoprótese biológica com gradiente sistólico máximo VE-Aorta estimado em 25 mmHg e médio em 15 mmHg e área valvar de 2,6 cm².

Conclusão: O caso demonstrou dois procedimentos minimamente invasivos em paciente oncológico, que apresentava diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica e estenose aórtica. No qual a opção de ablação septal alcoólica inicial foi considerada na intenção de aliviar a obstrução dinâmica de via de saída do VE. Após, minimizando o risco de ventrículo suicida (que poderia ocorrer em função da rápida remoção da pós carga), procedeu-se à troca valvar aórtica percutânea. Os procedimentos foram realizados e o paciente evoluiu com melhora clínica importante.

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