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Anticoagulação e desfechos clínicos em fibrilação atrial: análise retrospectiva de um hospital regional

Esther Botelho, Conrado Hoffmann, Michele Mendonça, Juliana A. G. O. Leguizamon, Beatriz Roca, João P. S. Brighenti, Gilmar S. Erzinger, Gabriel Erzinger, Joao P. P. Ribeiro, Jaqueline Barp
Hospital Regional Hans Dieter Schmidt - Joinville - SC - Brasil

INTRODUÇÃO: A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais frequente, afetando 37,5 milhões de pessoas em todo o mundo. É importante fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e tem forte associação com outras comorbidades. Conforme aumento da expectativa de vida, eleva-se também a incidência e a prevalência da FA, afetando aproximadamente 10% dos indivíduos acima de 80 anos. A anticoagulação eficaz reduz a carga de incapacidades e mortes causada por AVC.

OBJETIVO: Avaliar dados do mundo real de nossa instituição e para melhorar a eficácia no diagnóstico e tratamento dessa doença. 

MÉTODOS: Estudo retrospectivo baseado em prontuários médicos. Os critérios de inclusão foram FA e flutter atrial. 

RESULTADOS: De maio de 2021 a janeiro de 2022, analisamos mil prontuários de pacientes atendidos em nossa instituição. A maioria da população era do sexo masculino (58,4%), pacientes brancos (96,4%). A presença de comorbidades foi frequente, principalmente hipertensão arterial e insuficiência cardíaca (80,8% e 52,3%, respectivamente). Distúrbios respiratórios estavam presentes em 36,3% enquanto o diabetes correspondeu a 32,8%. Doença arterial coronariana 28,1%, doença renal 12,8%, doença cerebrovascular 8,7% e uso de tabaco 8,6%. 33,3% dos pacientes apresentavam FA paroxística, 50,6% permanente, 8% persistente, 5,3% flutter e 2,8% indeterminada. A média de idade para os homens foi de 66,9 anos e para as mulheres de 69,9 anos. A média de CHADSVASC masculina foi de 3,2 e HASBLED 1. A média de CHADSVASC feminina foi de 4,4 e HASBLED 2. O IMC para homens foi de 28,4 kg/m² e 29,3 kg/m² para mulheres, a média de CKD EPI foi de 65. Comparando o número de AVC observou-se maior taxa com varfarina versus DOAC (20,27% e 17,83%, respectivamente). Em relação ao sangramento, a taxa foi de 5,3% com DOAC e 6,37% com varfarina. A mortalidade total com DOAC foi de 10,36% e com varfarina 15,83% com redução do risco absoluto de 5,47% (p=0,003). Na análise do AVC, os pacientes tratados com varfarina tiveram uma taxa maior quando comparados com DOAC (p=0,021). 

 

CONCLUSÃO: Neste estudo de um serviço público de saúde, observou-se que um grande percentual de pacientes estava em uso de terapias DOAC. Observou-se também que a taxa de sangramento e AVC foi menor com o uso de DOAC, porém sem significância estatística pelo teste do qui-quadrado. Na análise final, a taxa geral de mortalidade e a ocorrência de AVC foram menores entre aqueles tratados com DOAC em relação àqueles em uso de varfarina. Uma explicação poderia ser a falta de ajuste adequado do INR.

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