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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Série de casos de paciente submetidos a medida HV simultaneamente a troca valvar aórtica transcateter.

PATRICIA FERREIRA DEMUNER, Freitas, DM, Gardenghi, G, Alessi, SRB, Prudente, ML, Fernandes, FH, Guimarães, EG, Rodrigues, D, Araújo, AG, Silva, RCO
hospital Encore - Aparecida de Goiania - GO - Brasil

Introdução: A troca valvar aórtica transcateter (TAVI, do inglês “transcatheter aortic valve implantation”) é um dos tratamentos de escolha para pacientes com estenose aórtica grave. Na última década houveram avanços técnicos e tecnológicos, porém sem decréscimo no número de casos com necessidade de implante de marcapasso definitivo (MPD): aqueles com bloqueio átrio ventricular total (BAVT) ou do segundo grau mobitz tipo II. Um dos preditores da necessidade de MPD é o desenvolvimento de distúrbio de condução do ramo esquerdo, que pode ser diagnosticado ainda na forma subclínica de forma invasiva pela medida do intervalo his-ventricular (HV). Dados sobre o impacto do bloqueio de ramo esquerdo após a TAVI são escassos e o tratamento é adaptado de forma individual levando a diferenças marcantes no manejo clínico. Objetivo: Descrever uma série de 7 casos de paciente submetidos ao TAVI simultaneamente ao estudo eletrofisiológico (EEF), com o intuito de avaliar imediatamente após o implante a necessidade de MPD Material e Métodos: foram avaliados 7 pacientes (4 masc.; idade média 80 anos; IMC médio 23,3) cujos dados foram coletados no sistema de prontuário eletrônico Tasy® e tabulados e analisados pelo excel®. O EEF foi realizado com cateter diagnóstico quadripolar e posicionado no feixe de His para medir o intervalo HV, quando a medida HV superava 70ms fora indicado o implante de MPD. Para o TAVI a técnica utilizada foi a mesma em todos os casos, com acesso transfemoral, sob sedação e analgesia local, próteses Sapien®, Corevalve revolute R® e Evolut® tamanhos variando de 20mm a 34mm. Resultados: Dentre os pacientes analisados, 4 evoluíram com bloqueio de ramo esquerdo após o TAVI. Indicado implante de MPD a 1 paciente, os demais pacientes foram submetidos a retirada do MP provisório ainda na sala de hemodinâmica. Aquele com indicação de MPD foi submetido ao implante do device ainda na mesma internação, sem intercorrências. O intervalo HV variou de 46 a 58ms (média 53,28) antes da intervenção, para 52 a 84ms (média 62,8) após, cerca de 18% de variação positiva. Apenas um paciente evoluiu para óbito de etiologia não relacionada ao procedimento. Nenhuma complicação relacionada ao EEF foi descrita.  Conclusão: A estratégia do EEF durante o TAVI parece ser uma estratégia viável para estratificar pacientes quanto ao risco de BAVT e BAV2º grau mobitz tipo II de forma precoce, já os encaminhando para o tratamento adequado sem demonstrar aumento nos riscos relacionados ao procedimento.

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