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Análise das Terapias aplicadas por CDI em pacientes com Cardiomiopatia Hipertrófica acompanhados em um Centro de Referência em Salvador-BA

Pollianna de Souza Roriz, Rafaela Ferreira dos Santos, Karla Santos Pinto, Elias Soares Roseira, William Neves de Carvalho, José Victor de Sá Santos, Thais Aguiar do Nascimento, Luiz Carlos Santana Passos
Hospital Ana Nery - Salvador - BA - Brasil

Introdução: A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é um distúrbio genético, cuja importante complicação é a ocorrência de Morte Súbita (MS), principalmente em indivíduos jovens.  O Cardiodesfibrilador Implantável (CDI), é capaz de reverter as arritmias ventriculares malignas e prevenir a MS, porém não se configura terapia isenta de riscos. Objetivos: Descrever a prevalência de terapias realizadas por CDI em pacientes portadores de CMH em centro de referência na Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo coorte retrospectiva, com pacientes ≥ 18 anos, portadores de CMH e com implante de CDI, com seguimento mínimo de 6 meses, sem outras cardiomiopatia simultaneamente e/ou outras etiologias de doenças arrítmicas, atendidos no ambulatório de referência em Salvador - Bahia. Os dados foram coletados de junho/2010 a fevereiro/2021. Resultados: Foram incluídos no estudo 55 pacientes, com idade média de 50,56 (±12,3), e maioria do sexo masculino (63,6%). Fatores de gravidade encontrados: CMH obstrutiva (23; 41,8%); história familiar de MS (48; 87,3%); síncope inexplicada (43; 78,2%); Taquicardia Ventricular não Sustentada (TVNS) (31; 56,4%); MS abortada em (13; 23,6%); Fibrilação atrial (FA) (17; 30,9%). Dos 55, 42 (76,4%) implantaram CDI em contexto de profilaxia primária. A prevalência de terapias apropriadas foi de 2,7%/ano e de terapias inapropriadas 2,3%/ano, dentre estes 80% eram portadores de FA. O tempo médio em anos para aplicação da primeira terapia foi de 3 (± 1,4) para terapias apropriadas e de 1,4 (± 1) para terapias inapropriadas. A taxa de mortalidade foi de 0,36%/ano. Conclusão: A taxa de terapias apropriadas foi mais elevada em pacientes com CDI por prevenção secundária. Em relação às terapias inapropriadas, destaca-se o papel da FA e a necessidade de maior controle desta arritmia em portadores de CDI.

Palavras chaves: Cardiomiopatia Hipertrófica; Cardiodesfibrilador Implantável; Terapias elétricas.

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