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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeito da inclinação negativa da cabeça sobre a morfologia da pressão intracraniana e o controle autonômico cardíaco.

Rafaella Mendes Zambetta, Leonardo Barcellos de Oliveira, Gabriela Nagai Ocamoto, Étore de Favari Signini, Thaina Cristina Ramos dos Santos , Aparecida Maria Catai, Gustavo Frigieri , Thiago Luiz de Russo
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - São Paulo - Brasil, brain4care - São Carlos - São Paulo - Brasil

Introdução: A morfologia da onda de pressão intracraniana (PIC) pode trazer valiosas informações sobre a complacência intracraniana, a qual é influenciada pelo sistema nervoso autônomo e relaciona-se com condições patológicas ou não. A inclinação negativa da cabeça é um método que pode induzir o aumento da PIC, por redirecionar o fluxo sanguíneo para a cavidade craniana. O objetivo do estudo foi comparar os efeitos agudos da indução de hipertensão intracraniana sobre a morfologia da PIC antes, durante e após a inclinação negativa da cabeça em -6°, por meio da relação P1/P2 da morfologia da PIC, e sobre o controle autonômico cardíaco. Métodos: 8 mulheres e 5 homens aparentemente saudáveis foram submetidos ao protocolo: 15 minutos na mesa ortostática com inclinação neutra, 30 minutos com inclinação de -6° e 15 minutos finais com inclinação neutra. Os dados de morfologia da PIC foram coletados de forma não invasiva por meio da tecnologia brain4care e analisados pelo software brain4care analytics system. Os dados de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram gerados a partir de um trecho mais estável de 256 pontos consecutivos, obtidos pelos intervalos R-R do eletrocardiograma [bioamplificador (BioAmp FE132)]. Análise estatística: Foi realizado o teste de ANOVA de medidas repetidas para as variáveis relação P1/P1 da PIC, e alta e baixa frequências (AF e BF) da análise espectral da VFC, comparando os três momentos do protocolo, com p<0,05. Resultados: Não houve diferença estatística para nenhuma das comparações da relação P2/P1 da PIC (p=1,000). Houve diminuição da AF da VFC ao comparar a inclinação neutra inicial com a inclinação de -6° (p=0,030), porém não houve diferença entre as inclinações neutras inicial e final (p=0,050) e entre inclinação de -6° com a inclinação neutra final (p=1,000). Houve aumento dos valores de BF entre a inclinação neutra inicial e a inclinação de -6° (p=0,040), assim como entre a inclinação neutra inicial com a final (p=0,048), porém não houve diferença entre a inclinação -6° e a inclinação neutra final (p=1,000). Conclusão: Houve predomínio da modulação simpática cardíaca durante a inclinação de -6° e manteve-se ao retornar à inclinação neutra, e a complacência intracraniana manteve-se estável. Portanto, o controle autonômico deve ser considerado em condições de redirecionamento de fluxo para a cavidade craniana, mesmo sem alterações da complacência intracraniana. Apoio financeiro: FAPESP (2019/25569-2, 2019/14877-8) e CAPES (Código de Financiamento 001).

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