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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A suplementação de epigalocatequina-galato (EGCG) na hipertensão arterial sistêmica primária

Yuri Cavalcanti Albuquerque Tenorio, Thayrone Romário da Silva Santos, Priscila Alves da Silva, Edecio Galindo de Albuquerque, Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Filho, Francisco de Assis Costa
Hospital Veredas - Maceió - Alagoas - Brasil

Introdução

A epigalocatequina-galato (EGCG) é um flavonoide antioxidante natural presente em folhas de chá verde com importantes efeitos terapêuticos como hipolipemiante, controlador de obesidade, regulador de angiogênese no câncer e manutenção da função cardíaca, podendo assim ser usado em diversas doenças cardiovasculares. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo identificar correlação entre a suplementação de EGCG e o tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS) primária.

Metodologia

O levantamento bibliográfico incluiu estudos realizados entre os anos de 2017 até 2021 nas bases de dados PubMed, SCIENCEDIRECT, Cochrane, SCIELO e LILACS. Foram incluídos artigos originais com ensaios laboratoriais in vitro e in vivo. Foram excluídos trabalhos que, durante a avaliação do resumo e da metodologia, perceberam-se falha metodológica, passividade a vieses ou temática divergente. 

Resultados

Após pesquisa nas principais bases de dados, oito artigos originais, incluindo testes laboratoriais in vitro e in vivo, contemplaram os requisitos para análise de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. A partir dos achados pode-se perceber positividade na associação entre EGCG e tratamento de HAS primária.

Figura 1: Esquematização do efeito do EGCG nas lesões de órgão-alvo induzidas por HAS

 

Discussão

A HAS é uma condição que naturalmente leva a repercussões negativas ao organismo e pode gerar comprometimento de órgãos-alvo, como exemplo o cérebro e o próprio coração. Tendo em vista isto, foi identificada na revisão a repercussão clínica do uso de EGCG nos efeitos deletérios da HAS para as células neuronais de ratos. Como conclusão, pôde-se identificar que os ratos que tiveram tratamento com EGCG obtiveram menor apoptose induzida por sobrecarga pressórica durante a análise de tecido cerebral no post-morte; consequentemente, obteve-se menor degeneração cerebral induzida por HAS. Adicionalmente, pode-se citar o remodelamento cardíaco como outra lesão de órgão-alvo da HAS e a revisão concluiu que uso de EGCG pode prevenir a formação de insuficiência cardíaca induzida por sobrecarga pressórica em ratos com HAS.

Conclusão

A busca de publicações nas bases de dados elencadas nessa revisão permitiu concluir que existe relação positiva entre a suplementação de EGCG com o tratamento e prevenção de HAS. Entretanto, embora os testes in vitro e in vivo tenham resultados positivos, ensaios clínicos randomizados multicêntricos na população são necessários para definir a real ligação desta substância no ser humano.

 

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