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Acurácia dos níveis séricos de troponina versus lactato nas primeiras 24h após cirurgia cardíaca como preditor de mortalidade precoce

Luanna Mota Damasceno, Tainá Teixeira Viana, Pedro Felipe Soares, José Victor de Sá Santos, Raissa Barreto Lima, Claudio Lucas Silva Cunha , Elias Soares Roseira, Rodrigo Morel Vieira de Melo, Luiz Carlos Santana Passos
Hospital Ana Nery - Salvador - Bahia - Brasil

Introdução: Existem muitos escores pré-operatórios que predizem a mortalidade do paciente em cirurgia cardíaca. No entanto, há uma demanda para definir os fatores que interferem nos períodos intra e pós-operatório desses pacientes. Assim, a troponina mostra-se um marcador promissor na avaliação do risco cardiovascular de mortalidade. Objetivo: Avaliar a acurácia dos níveis séricos de troponina cardíaca nas primeiras 24 horas versus nível sérico de lactato como biomarcador pós-operatório de mortalidade relacionada à cirurgia cardíaca. Métodos: Coletamos prospectivamente dados consecutivos de pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca entre dezembro de 2018 e outubro de 2021 em um hospital do Sistema Único de Saúde do Nordeste do Brasil. A variável de desfecho foi a mortalidade cirúrgica. O pico de troponina I e lactato foram medidos em 24 horas de pós-operatório. A precisão na predição da mortalidade cirúrgica foi avaliada com a AUROC e a comparação das curvas ROC foi realizada pelo método DeLong. Resultados: Foram incluídos 1.341 pacientes com mediana de idade de 57,0 (46,0 – 66,0), a maioria homens (53,9%), a mediana da Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE) foi de 60% (49,0 – 67 ,0) e a mortalidade prevista mediana medida pelo EuroSCORE II foi de 1,2% (0,8 – 2,0). A mortalidade da cirurgia foi de 61 (4,5%). Entre esses pacientes, a mediana de lactato foi de 4,36 (2,89 – 8,63) mg/dL versus 3,20 (2,40 – 4,41) mg/dL nos que não morreram (p < 0,001) e a troponina mediana foi de 7,52 (2,50 – 14,93) ng/dL versus 3,22 (1,47 – 7,15) (p = 0,001). No modelo multivariado, permaneceram como preditores independentes de mortalidade: idade, níveis de troponina e lactato, noradrenalina e insuficiência ventricular direita. Na avaliação da acurácia, a AUROC do nível de troponina foi de 0,65 (IC 0,55 – 0,72; p < 0,001) e o de lactato foi de 0,66 (IC 0,57 – 0,74; p < 0,001). Conclusão: O pico de troponina nas primeiras 24 horas após a cirurgia cardíaca foi um preditor independente de mortalidade em curto prazo.

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