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O excesso de peso está associado a resistência à insulina obtida pelo índice TyG em adolescentes

Ribanna Aparecida Marques Braga, Maria Dinara de Araújo Nogueira, Géssica de Souza Martins, Gabrielly Rossi Monteiro, Francisco Ranilson Silva, Francisco José Maia Pinto, Carla Soraya Costa Maia
Universidade Estadual do Ceará - Fortaleza - Ceará - Brasil

Introdução: O excesso peso, quando presente na adolescência, pode levar a RI aumentando o risco cardiometabólico na fase adulta. O índice triglicerídeos-glicemia (TyG) vem sendo proposto como preditor de RI em diversos ciclos da vida, principalmente por sua fácil aplicação e baixo custo. Visto isso, este estudo teve como objetivo investigar se o excesso de peso está associado a resistência à insulina avaliada pelo índice TyG em adolescentes.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 827 adolescentes de 10 a 18 anos, de ambos os sexos, matriculados em escolas municipais da cidade de Fortaleza-CE, sob parecer CEP no. 327851. O índice de massa corporal foi calculado a partir do peso e altura para classificação do estado nutricional (com e sem excesso de peso). A RI foi avaliada pelo índice TyG pela fórmula: ln[triglicerídeos (mg/dL) x glicemia de jejum (mg/dL)]/2.

Análise estatística: Os dados foram expressos em frequências, percentuais, mediana e intervalo interquartil (IIQ). Após testar a normalidade, a relação entre o TyG e o excesso de peso foi verificada pelo teste de Mann-Whitney. A associação entre o excesso de peso e RI obtida pelo índice TyG foi avaliada por meio da regressão linear simples e múltipla.  As análises foram realizadas no SPSS versão 22.0, com nível de significância de 5% (p<0,05). O gráfico foi obtido pelo PRISMA versão 8.0.

Resultados: A maioria dos adolescentes era do sexo feminino (56,6%). O excesso de peso foi identificado em 32,3% dos adolescentes. O índice TyG não apresentou diferença estatística entre os sexos (p>0,05). O grupo de adolescente com excesso de peso apresentou maior mediana do índice TyG (4,44; IIQ 4,28-4,60) quando comparado ao grupo sem excesso de peso (4,35; IIQ 4,22-4,48) (p<0,001).A regressão linear mostrou que houve associação direta entre o excesso de peso e a resistência à insulina obtida pelo TyG, mesmo após ajustes (Tabela 1).

Conclusão: Em adolescentes, o excesso de peso esteve associado a resistência à insulina obtida pelo índice TyG.

Tabela 1 - Associação entre o excesso de peso e a resistência à insulina obtida pelo índice TyG em adolescentes.

 

Resistência à insulina (TyG)

 

Excesso de peso

 

β (IC 95%)

Valor de p

Modelo 1

0,011 (0,007 - 0,014)

<0,001

Modelo 2

0,011 (0,008 - 0,014)

<0,001

TyG: índice triglicerídeos-glicemia; Valor de p: regressão linear (a variável dependente foi logaritmicamente transformada); β: coeficiente beta; IC: intervalo de confiança; modelo1: sem ajuste; modelo 2: ajustado por sexo e idade; significância estatística p<0,05.

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