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Ocorrência de distúrbios de condução e implante de marca-passo definitivo em pacientes submetidos a TAVI com abordagem minimalista

Meniconi MA, Siqueira DAA, Cervone AC, Togna DJD, Oliveira FJC, Ramos AIO, Assef JE, Feres F
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: O surgimento de distúrbios de condução e a necessidade de implante de marca-passo (MP) definitivo estão entre as complicações mais comuns relacionadas ao TAVI. Na aplicação do TAVI minimalista - em que se objetiva alta hospitalar oportuna < 48 horas - tais complicações são de central importância, e sua ocorrência deve ser monitorada sistematicamente. Objetivo: Avaliar a prevalência de alterações eletrocardiográficas sabidamente preditoras de distúrbios de condução após TAVI e a incidência de MP definitivo em até 30 dias após o procedimento, em pacientes (pctes) não-selecionados submetidos a TAVI minimalista em um hospital terciário do SUS. Métodos: estudo observacional e prospectivo,com inclusão de pctes consecutivos submetidos a TAVI minimalista no período de Set/2020 a Jan/2022, com análise do ECG antes e após a TAVI conforme protocolo institucional. Verificado a presença de alterações de ritmo e bloqueios atrioventriculares (BAV) e intraventriculares e a indicação de MP definitivo durante a internação e 1 mês após a alta hospitalar. 

Resultados: Foram avaliados 50 pctes, com média de idade de 79,2±4,8 anos, com STS médio de 2,64 ±1,49% e 20 (40%) mulheres. Próteses balão-expansíveis foram utilizadas mais frequentemente (76%).

O ritmo e distúrbios de condução antes da TAVI encontrados foram:

  • Ritmo sinusal: 41 (82%)

  • Fibrilação atrial: 12 (24%)

  • BAV 1 grau: 14 (28%)

  • Bloqueio de ramo direito: 3 (6%)

  • Bloqueio de ramo esquerdo: 7 (14%)

  • Ritmo de MP: 4 (8%) 

A ocorrência de bradiarritmias que justificassem monitorização estendida e vigilância intra-hospitalar por ao menos 24 horas ocorreu em 7 (14%) pcts, sendo:

  • Bloqueio atrioventricular total: 1 (2,5%)

  • Bloqueio atrioventricular avançado: 1 (2,5%)

  • Fibrilação atrial de baixa resposta ventricular: 2 (5%)

  • Ritmo juncional: 2 (5%)

  • Bradicardia sinusal e distúrbio de condução intraventricular: 1 (2,5%) 

Houve indicação de MP definitivo para 1 (2,5%)pcte. Não houve reinternação devido a distúrbios de condução ou implante de MP até 30 dias após a TAVI.

Conclusão: Em nossa experiência, poucos pctes submetidos a TAVI com estratégia minimalista apresentaram distúrbios de condução necessitaram postergar a alta hospitalar. Apenas 1 pcte requereu implante de MP definitivo. A aplicação de protocolo institucional com alta hospitalar oportuna (<48h) não esteve relacionada à maior risco de distúrbios de condução em curto prazo (30 dias).

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