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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Proteção cardiometabólica em camundongas alimentadas com dieta hiperlipídica

Gabriela da Silva Santos, Santos, A., Da Costa-Santos, N, Nascimento-Carvalho, B, Ribeiro, T. F, Silva, F. Q . M, De Angelis, K, Irigoyen, M. C, Scapini, K. B, Sanches, I. C
USJT - SP - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A obesidade é um fator de risco cardiovascular caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que difere entre mulheres e homens através dos fenótipos genóide e andróide, respectivamente. O fenótipo andróide é comumente observado entre a população masculina, e tem sido correlacionado ao risco cardiovascular aumentado nesta população. No entanto, pesquisadores tem procurado avaliar os efeitos da obesidade entre machos e fêmeas no intuito de compreender as diferenças em fatores de risco, como níveis pressóricos. Sabe-se que durante a pré-menopausa o sexo feminino apresenta cardioproteção, proveniente da biodisponibilidade de estrogênio. Entretanto, sabe-se que essa cardioproteção é prejudicada com o acúmulo de gordura corporal. Objetivo: Comparar os efeitos da dieta hiperlipídica em parâmetros metabólicos e hemodinâmicos de camundongos machos e fêmeas. Métodos: foram utilizados 32 camundongos C57BL/6J, divididos em 4 grupos (n=8 cada): machos sedentários alimentados com dieta normolipídica (MN) ou hiperlipídica (MH); fêmeas sedentárias alimentadas com dieta normolipídica (FN) ou hiperlipídica (FH). A administração das dietas teve duração de 10 semanas. O peso corporal e o consumo alimentar foram mensurados durante todo o protocolo. Ao final do estudo, glicemia de jejum e tolerância oral à glicose foram avaliadas; e os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (4kHz, CODAS). Resultados: A dieta hiperlipídica provocou aumento de peso corporal (MN: 4,2±0,4; MH: 10,5±0,9; FN: 5,8±0,4; FH: 11,7±0,3 g) e de gordura corporal (MN: 0,8±0,09; MH: 2,6±0,2; FN: 1,0±0,09; FH: 2,4±0,3 g) em ambos os sexos. Assim como a glicemia basal, que foi maior nos animais alimentados com dieta hiperlipídica (MN: 114±5,7; MH: 136±8,2; FN: 90±4,9; FH: 147±2,5 – mg/dL). Interessantemente, a área sob a curva no OGTT foi maior no grupo MH (MN: 21541±1102; MH: 26266±891; FN: 16123±546; FH: 22149±574 AUC) do que nos demais, indicando intolerância à glicose. A pressão arterial sistólica foi maior nos grupos machos (MN: 148±2,7; MH: 152±2,4; FN: 130±3,5; FH: 132±2,5 mm/Hg). Conclusão: Embora machos e fêmeas alimentados com dieta hiperlipídica tenham apresentado o mesmo ganho de peso e de tecido adiposo, as fêmeas não apresentaram alteração na tolerância à glicose, e tampouco alteração nos níveis pressóricos, sugerindo um fator cardioprotetor em relação aos machos, ainda que na presença de obesidade. Apoio financeiro: CAPES-PROSUP; CNPq 435123/2018­1; Instituto Ânima.

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42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022