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Análise de dados de rigidez arterial em coorte de hipertensos resistentes: um possível preditor de risco cardiovascular

Gabriela Jardim, Antonio Filho, Julia de Oliveira, David Duarte, Maria Gabriela dos Santos, Lilian da Costa
Universidade Estácio de Sá/ IDOMED, Campus Vista Carioca e Cittá - Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Instituto Estadual Aloysio de Castro/IECAC - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Fundamento: Estima-se que a prevalência de hipertensão arterial resistente (HAR) é de 200 milhões de indivíduos em todo o mundo. Em comparação a hipertensos controlados, é observada uma rigidez arterial mais elevada e, a aferição da velocidade de onda de pulso (VOP) tem sido, além de um preditor de rigidez vascular, um marcador de prognóstico e de maior risco cardiovascular (CV), especialmente em populações de baixo/médio risco. Objetivo: Analisar descritivamente os dados demográficos e achados de VOP de uma coorte de HAR. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo observacional de uma coorte consecutiva de HAR, que fazem parte de uma coorte de indivíduos de alto risco cardiovascular (n 163), acompanhados em unidade terciária de cardiologia no Rio de Janeiro. Foi aplicado questionário contendo dados sociodemográficos, fatores de risco CV, comorbidades, medicações em uso, otimização terapêutica, além da revisão de prontuários para a coleta de dados de exames complementares realizados em até 12 meses. Nesse grupo foi realizada a aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) casual e pressão central de aorta, índice de amplificação e VOP.  Resultados: Foram avaliados 52 indivíduos com HAR, média de idade 65,3anos (42-85anos), 53,85% (n 28) do sexo feminino, sendo os dados mais relevantes encontrados: 75% dislipidemia, 75% doença coronariana comprovada, 55,7% diabetes mellitus, 5,8% doença renal crônica, 63,8% relato de ronco com 25% de apneia do sono não tratada. Em análise oscilométrica, média PA 130,2 x 82,8mmHg (PAS 91-220 e PAD 68x108mmHg) e VOP 9,45m/s (6,3-13,3m/s). A avaliação clínica demostrou que os valores de pressão arterial estavam elevados em 28,8% para PAS e/ou PAD (n 15) e 55,8% para VOP (n 29), utilizando-se os valores de mediana como padrão, após ajuste para sexo, idade e presença de fator de risco adicionais. Conclusão: Os dados indicam valores da VOP semelhantes aos de estudos com população de HAR da mesma faixa etária, ressaltando-se que um percentual estatisticamente significativo apresentou valores da VOP elevados, mesmo em indivíduos HAR e PA controlada em aferições oscilométricas. Estudos adicionais são necessários para a demonstração de que a VOP possa ser um marcador de prognóstico independente também em indivíduos de alto risco CV, o que pode vir a contribuir no manejo e ajuste farmacológico desta população HAR.

 

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