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Extubação em sala versus extubação em até 6 horas: Há benefícios clínicos no pós operatório de cirurgia cardíaca?

André Luis Valera Gasparoto, Douglas Rossoni, Rodrigo Moreira, Geovane Mostaro Fonseca, Luis Bongiolo Mattos, Thomaz Braga Ceglias, Anita Saldanha, Ana Paula Pantoja Margeotto, Rodrigo Freire, Tania Martinez
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Introdução: Tempo de intubação prolongado implica em piores desfechos em pacientes após cirurgia cardíaca. O avanço da qualidade dos anestésicos e de melhores técnicas anestésicas associado à otimização do tempo cirúrgico e de circuitos de circulação extracorpórea vêm possibilitam a extubação cada vez mais precoce dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Porém, ainda há dúvida quanto aos reais benefícios da extubação em sala operatória versus extubação precoce na unidade de terapia intensiva.

Objetivos: Comparar os desfechos clínicos entre pacientes extubados em sala operatória e pacientes extubados em até 6 horas após admissão em unidade de terapia intensiva em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com uso de circulação extracorpórea.

Material e métodos: Estudo retrospectivo observacional de 194 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com uso de circulação extracorpórea. Foram divididos em 2 grupos, no primeiro grupo, pacientes extubados em sala operatória, composto por 95 pacientes. O segundo grupo, de pacientes extubados em até 6 horas após a admissão na unidade de terapia intensiva, provenientes intubados do centro cirúrgico, composto por 99 pacientes.

Os critérios de elegibilidade no protocolo de extubação em sala foram: Tempo de circulação extracorpórea menor que 120 minutos, carga tabágica menor que 50 maços/ano, abstinência de tabaco maior ou igual a 6 meses, IMC (índice de massa corporal) = < 30, idade entre 16 anos e 65 anos, lactato dentro da normalidade, ausência de vasopressores.

Resultados: Pacientes extubados em sala de operação (mediana de 8 dias, IQR 6 a 10) tiveram tempo de internação hospitalar menor do que os pacientes extubados em até 6 horas de admissão em unidade de terapia intensiva (mediana de 10 dias, IQR 8 a 12.5), prevalência de delirium semelhante (2.0% x 2.1%), ausência de pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) (0%), ausência de não readequação calórico-proteica (0%) e quanto a segurança, apenas 1 paciente foi reintubado por recirculação anestésica no grupo dos extubados em sala e não houve diferença na taxa de reinternações em UTI com o grupo não extubado.

Conclusões: Nesta amostra de pacientes, constatamos que foi seguro a extubação em sala. Entretanto, não houve diferenças significamente estatísticas nos fatores avaliados, exceto em relação ao tempo de internação total.

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