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Análise espacial do Infarto Agudo do Miocárdio em unidade federativa do Nordeste brasileiro

João Victor Sousa Carvalho, Alexandre Oliveira Assunção, Fábio Pereira da Silva Júnior, Matheus Rocha Ribeiro, Matheus Costa Sousa, Gabriel Conceição Marques, Victor Hugo Almeida de Medeiros, Iolanda Graepp Fontoura
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - - MA - BRASIL

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das maiores causas de morte no mundo, com impacto financeiro altíssimo, principalmente em países de baixa renda. No Brasil a sua prevalência é de 8% em adultos acima de 40 anos. Objetivo: Descrever uma análise espacial das características epidemiológicas da mortalidade do Infarto Agudo do Miocárdio no estado do Maranhão no período de 2009 a 2020. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, exploratório e de análise estatística espacial da mortalidade do Infarto Agudo do Miocárdio no Maranhão, no qual foram incluídos todos os casos disponíveis na literatura mais recente, obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, coletados em outubro de 2021. As taxas foram agrupadas por municípios e por triênios. A correlação espacial foi analisada conforme índice de Moran global e Moran local. Resultados: Durante o período de 12 anos, ocorreram 12415 casos de infarto agudo do miocárdio, e a maior taxa média anual foi da cidade de Mirador, com a taxa de 591,63 por 100.000 habitantes, e os aglomerados se concentraram nas microrregiões de Imperatriz, Balsas, Porto Franco, Médio Mearim, Chapadas do Alto Itapecuru e Mangabeiras. As médias a cada triênio de ocorrência de infarto foram de 6,19 entre os anos de 2009 a 2011 a 14,26 no triênio de 2018 a 2020. Os clusters foram estatisticamente significativos conforme índice de Moran global de 0,40, com p=0,01. O coeficiente de correlação de Spearman entre a taxa de casos por cem mil habitantes e número de óbitos, foi positivo e significativo (ρ=0,13; ρ<0,00). A maioria das variáveis estudas apresentou tendência de incremento anual crescente ao longo dos 12 anos de estudos (ρ<0,05). Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de maior assistência hospitalar descentralizada, além de atenção básica sólida para combater os fatores de risco que levam a esse desfecho agudo. A identificação de áreas com maior incidência de infarto agudo do miocárdio é imprescindível para planejar as políticas públicas que abordem essa temática.

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