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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Uso da Cintilografia e da Angiotomografia Cardíaca para o diagnóstico de Miocárdio Não Compactado

Francielly dos Santos Vieira, Jéssica Evangelista de Queiroz, Leonardo Teixeira de Melo, Marina Vitória Silva Costa, Nathália Abdo Zuliani, Gabriela Marinho Aquino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - - MG - BRASIL

Introdução: A não compactação do miocárdio ventricular é uma cardiomiopatia rara, que resulta da interrupção do processo normal de compactação durante a embriogênese, resultando na persistência de trabeculações e recessos profundos. As manifestações clínicas são variáveis, desde ausência de sintomas à insuficiência cardíaca congestiva, arritmias e tromboembolismo sistêmico. A Ecocardiografia convencional e a Ressonância Nuclear Magnética são os melhores exames para o diagnóstico desta alteração. O Cateterismo Cardíaco é o exame diagnóstico mais utilizado  para descartar a presença de coronariopatia obstrutiva.  Não encontramos relatos prévios na literatura do uso da Cintilografia do Miocárdio e da Angiotomografia cardíaca para rastreamento desta patologia. Descrição do Caso: Mulher, 38 anos, com episódios prévios de pré-síncopes; dispneia aos moderados esforços há 2 anos e com piora nos últimos 6 meses; além de dois episódios prévios de dor torácica de forte intensidade, iniciada ao repouso, com melhora espontânea em 10 minutos. Antecedente de 2 gestações sem intercorrências, sem uso atual de medicações, sem história de doença cardíaca prévia ou de morte súbita familiar. Ao exame físico apresentava-se estável, sem edemas ou estase jugular. Bulhas rítmicas, normofonéticas, sem sopros. O exame físico de outros sistemas foi normal. Solicitado Cintilografia do Miocárdio que evidenciou déficit perfusional difuso (sugerindo padrão obstrutivo multiarterial). Indicado realização de Cateterismo Cardíaco, o qual foi recusado pela paciente. Angiotomografia de Coronárias descartou coronariopatia obstrutiva. Contrastação do ventrículo esquerdo na angiotomografia permitiu a documentação das trabeculações profundas, típicas de miocárdio não compactado. Conclusão: O Miocárdio não compactado é uma cardiomiopatia rara e de difícil reconhecimento. O retardo no diagnóstico correto predispõe o paciente a um pior prognóstico evolutivo. Propomos a possibilidade do uso da angiotomografia cardíaca e do PET miocárdio como ferramentas importantes para o reconhecimento desta patologia, especialmente nos pacientes que recusam a realização do cateterismo cardíaco.

 

 

 

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