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Infarto agudo do miocárdio: comparação de óbitos ocorridos em 2018, 2019 (pré-pandemia) e 2020, 2021 (pandemia) no município de SP.

Luccas Santos Beneton, Arthur Vilar de Oliveira Malheiros, Daniele Silva Pontes, Julia Pedreiro Bertasso, Christopher Serrano Wiegerinck, Karla Cardoso de Souza, Larissa Ventura Ribeiro Bruscky, Carlos Gun
Universidade Santo Amaro - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Em todo o mundo, a doença cardiovascular é uma das principais causas de morte. Em pacientes com sinais e sintomas de isquemia do miocárdio, é possível distinguí-los em infarto agudo do miocárdio com e sem elevação do segmento ST com o auxílio do eletrocardiograma e de biomarcadores. O infarto agudo do miocárdio com elevação de ST é definido pela combinação de elevação persistente do segmento ST e pela subsequente liberação de biomarcadores de necrose miocárdica. Já no infarto agudo do miocárdio sem elevação de ST, é preciso valer-se a presença de biomarcadores para confirmar isquemia miocárdica. O prognóstico de pacientes que sofrem de infarto agudo do miocárdio depende diretamente do diagnóstico rápido e do tratamento precoce.As intervenções de emergência recomendadas por diretrizes para síndromes coronárias agudas nunca foram restritas durante o surto de Covid19. No entanto, cardiologistas e outros profissionais de saúde de todo o mundo relataram uma redução notável no número de pacientes internados para síndromes coronarianas agudas.Métodos: O estudo realizado trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados apresentados foram coletados do banco de informações de saúde do DATASUS (TABNET) dos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 sobre óbitos por infarto agudo do miocárdio (CID10 - I21). Resultados: No ano de 2018 foram registrados 6.755 óbitos por infarto agudo do miocárdio (IAM), no ano de 2019 foram registrados 7.035 óbitos por IAM, no ano de 2020 foram registrados 5.929 óbitos por IAM e no ano de 2021 foram registrados 5.860 óbitos por IAM. Conclusão: Observando o número de óbitos por IAM mês a mês é notável o aumento gradual de casos. Essa tendência de alta é interrompida em março de 2020. Vale lembrar, que o primeiro caso de SARS-CoV-2 foi confirmado no dia 26 de fevereiro e o início da quarentena no dia 20 de março de 2020. Em março os números já demonstram redução em relação ao ano anterior, 2019, e em abril é nítida uma queda abrupta de notificações de casos. Essa queda pode ser resultado de uma subnotificação dos casos, em decorrência dos hospitais lotados e por receio dos pacientes de procurar atenção de saúde. Outro ponto que favorece essa hipótese, é a média de óbitos dos dois anos anteriores a pandemia, 6895 mortes, e os dois primeiros anos da pandemia, 5894 mortes. Analisando essas médias, uma redução de aproximadamente 14,5% nesse cenário de pandemia requer novas análises e estudos para confirmar essa hipótese de subnotificações.

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