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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

RIGIDEZ ARTERIAL AVALIADA POR VELOCIDADE DE ONDA DE PULSO, FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS E PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM INDIVÍDUOS HIPERLIPIDÊMICOS TRATADOS

R. P. Pinheiro, C. R. de Oliveira, A. de S. Rodrigues , M. J. M. Meneses, R. J. Alves
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO

Hiperlipidemia é um importante fator de risco cardiovascular. Excesso de peso está associado à inflamação crônica de baixo grau e correlaciona-se com fatores de risco cardiometabólicos. Velocidade de onda de pulso (VOP), padrão ouro para avaliação de rigidez arterial (RA), é capaz de detectar aterosclerose subclínica com acurácia. Estudos sugerem associação entre VOP e estado nutricional.

OBJETIVOS

Descrever RA avaliada por VOP, fatores de risco cardiometabólicos e prevalência de excesso de peso em indivíduos hiperlipidêmicos tratados.

ESTATÍSTICA

Dados foram apresentados em frequência (%), prevalência (%) e média ± D.P.

MÉTODOS 

Estudo transversal com pacientes atendidos em ambulatório de dislipidemia entre julho/2021 e janeiro/2022. Foram incluídos aqueles com idade ≥ 18 anos e diagnóstico de hiperlipidemia. Dados sociodemográficos e antecedentes clínicos foram coletados em prontuário. Estado nutricional foi determinado por índice de massa corporal (IMC), considerando “excesso de peso” IMC≥25kg/m² em adultos <60 anos e IMC≥28kg/m² para idosos ≥ 60 anos. VOP braquial foi avaliada por método oscilométrico não invasivo. Os valores foram classificados como: “envelhecimento vascular (EV) supernormal, médio e precoce” por software. Os exames laboratoriais foram coletados recentemente em prontuário.

RESULTADOS

A amostra foi composta por 62 pacientes, com média de idade de 63,9±12,5 anos, 53,23% do sexo feminino, 43,5% diabéticos, 88,7% hipertensos, 64,5% dislipidêmicos fenótipo IIa pela classificação de Fredrickson, 67,7% faziam uso de estatina de alta potência.  Média de IMC era 28,8±3,7kg/m², com predomínio de indivíduos com excesso de peso (64,5%). Pacientes com excesso de peso apresentaram VOP média de 8,80±1,9m/s. Destes, 55% foram classificados como EV médio e 25% como EV precoce.

Os indivíduos com excesso de peso apresentaram maiores médias de LDL-c (113,7±61,3mg/dL), colesterol total (190,3±74,6mg/dL), triglicérides (202,3±157,7mg/dL), glicose (113,2±40,4mg/dL), hemoglobina glicada (6,5±1,4%), ácido úrico (6,2±2,4mg/dL) e menor média de HDL-c (42,9±11,6mg/dL), em comparação aos sem excesso de peso (99±30,5; 169,1±47,1; 165,2±100; 108,4±30,3mg/dL; 6,2±1,0%; 5,7±1,1; 43,1±17,3 mg/dL respectivamente).

CONCLUSÃO

Houve predomínio de excesso de peso na amostra, sendo que 80% destes apresentaram EV médio ou precoce, assim como pior perfil cardiometabólico. Estudos de caráter longitudinal poderão ser úteis para elucidar melhor a relação entre déficit calórico, perda de peso, redução de RA e melhora de perfil cardiometabólico nesta população.

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