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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO, RAZÃO PESCOÇO-ALTURA, RIGIDEZ ARTERIAL E FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS EM PACIENTES HIPERLIPIDÊMICOS.

R. P. Pinheiro, C. R. de Oliveira , A. de S. Rodrigues, M. J. M. Meneses, R. J. Alves
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO

Hiperlipidemia é um importante fator de risco cardiovascular. A Velocidade de onda de pulso, padrão ouro para avaliação de rigidez arterial (RA), é capaz de detectar aterosclerose subclínica com acurácia, entretanto, trata-se de uma ferramenta de alto custo. Circunferência do pescoço (CP) e razão pescoço-altura (RPA), parâmetros de fácil reprodutibilidade e baixo custo, podem estar associados à RA e fatores de risco cardiometabólicos. 

 OBJETIVOS

Avaliar a relação entre CP, RPA, velocidade de onda de pulso braquial (VOPb) e parâmetros de risco cardiometabólicos, em pacientes hiperlipidêmicos tratados.

 MÉTODOS

Estudo transversal. Foram incluídos pacientes hiperlipidêmicos ≥18 anos, atendidos ambulatorialmente entre julho/2021 e novembro/2021. Excluídos aqueles com anormalidades anatomicas cervicais. VOPb e parâmetros de pressão arterial foram obtidos por método oscilométrico não invasivo. As medidas antropométricas foram aferidas. RPA e IMC foram calculados. Os exames laboratoriais foram obtidos em prontuário.

ESTATÍSTICA

Dados foram apresentados em frequência (%) ou média ± D.P. Foi utilizada correlação de Pearson para as análises, com valor de P < 5%.

RESULTADOS

Amostra composta por 47 pacientes sendo 53,2% mulheres, com média de idade de 63,6±13,2 anos, 63,8% com classificação fenotípica de Fredrickson IIa, 87,2% hipertensos e 63% em uso de estatina de alta potência. Médias de RPA de 23,5±1,8cm/m, CP de 37,6±3,8cm e VOPb de 9,3±2,2m/s.

VOPb foi positivamente associada com RPA (r=0.345; p=0.017), mas não com CP. A idade, fator de risco bem estabelecido para aumento de RA, foi fortemente associada com VOPb (r=0.962, p=0.000) e também apresentou correlação positiva significativa com RPA (r=0.386, p=0.007). Não houve correlação entre idade e CP. IMC foi correlacionado com RPA (r=0.457; p=0.001) e CP (r=0.498; p=0.000), mas não com VOPb.

Houve correlação entre hormônio tireoestimulante com VOPb (r=0.390, p=0.007) e CP (r=0.322; p=0.028). RPA foi correlacionada com creatinina sérica (r=0.408; p=0.004) e CP com hemoglobina glicada (r=0.345; p=0.017) e ácido úrico (r=0.374; p=0.010). A VOPb foi correlacionada com clearance de creatinina (r=-0.664; p=0.000), pressão arterial sistólica (r=0.411; p=0.004) e pressão sistólica central (r=0.323; p=0.027).

Não houve correlação entre CP, RPA, VOPb e perfil lipídico.

CONCLUSÃO

A RPA, mas não a CP, pode ser um potencial preditor de RA. Medidas de CP, RPA e VOPb foram correlacionadas com diferentes parâmetros de risco cardiometabólicos. Análises adicionais serão necessárias para elucidar tais correlações.

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