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PERFIL CLÍNICO-HEMODINÂMICO E O IMPACTO DA ESPIRITUALIDADE NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES INTERNADOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM HOSPITAL NO INTERIOR PAULISTA

BERTINI, I. B. M., TONOLI, S. G., GIANINI, R. J., SEIXAS, E. A.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PUCSP - SOROCABA - SP - BRASIL

Introdução: Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica na qual o coração é incapaz de adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo. Associa-se a um prognóstico reservado, com frequentes morbidades e tratamentos complexos, comprometendo a qualidade de vida. Esse sofrimento pode ser aliviado com uma abordagem voltada para a espiritualidade, a qual se mostrou capaz de afetar a saúde e qualidade de vida de portadores de doenças crônicas ao favorecer a aderência ao tratamento da IC, ocasionando a melhora do seu status funcional.

Metodologia: Realizou-se um estudo transversal e observacional. Aplicou-se dois questionários, um referente à qualidade de vida de pacientes com IC, Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ), e outro abordando o bem-estar espiritual nos pacientes crônicos, Functional Assessment of Chronic Illness Therapy-Spiritual Well-Being (FACIT-Sp-12). Também se verificou a classificação da New York Heart Association (NYHA) e o perfil hemodinâmico de Stevenson. Para a estatística utilizou-se o STATA® e cálculos de correlação de Pearson e regressão linear. Foram entrevistados maiores de 18 anos, com IC e que assinaram o termo de consentimento, totalizando 41 indivíduos.

Resultados: Prevaleceu o sexo masculino (53%) e a idade média foi de 66 anos. As principais etiologias para IC foram hipertensiva (37%), isquêmica (34%) e valvar (12%), sendo a maioria dos internados da classe III do NYHA (41%) e da categoria B de Stevenson (90%).

De acordo com classificação feita pelas autoras, visto que não existem na literatura, para o FACIT-Sp-12, 2,4% apresentaram pouca espiritualidade (≤16 pontos) e 65,8% muita espiritualidade (≥ 33 pontos). Para o MLHFQ, 24,4% dos entrevistados se enquadraram com uma boa qualidade de vida (≤35 pontos) e 22% com ruim (≥ 71 pontos).

Ao correlacionar os dois questionários, obteve-se um coeficiente r de -0,45, com significância estatística (p=0,003), mostrando relação inversamente proporcional entre eles, ou seja, quanto maior a espiritualidade, menos sintomas de IC. No entanto, ao correlacionar o Facit-Sp-12 com o NYHA e a classificação de Stevenson não houve associação estatística significante, não podendo afirmar se há interferência da espiritualidade na classificação funcional ou no perfil hemodinâmico dos pacientes.

Conclusão: Conclui-se que uma visão holística voltada para a espiritualidade em pacientes com IC poderia interferir na maneira com que eles lidam com a sua síndrome, influenciando positivamente na sua qualidade de vida pelo aparecimento de menos sintomas.

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