Introdução: A população idosa está aumentando e em decorrência os casos de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) o que traz um sofrimento a todos. Frente a esse panorama, os Cuidados Paliativos vêm como uma abordagem para auxiliar no cuidado que tem como objetivo reduzir a dor nas dimensões; psicológicas, sociais, físicas e espirituais. Objetivo: O manejo do sofrimento do paciente e de seus familiares no processo de adoecimento. Relato de caso: Lucasfez cirurgia cardíaca de Revascularização do Miocárdio e evoluiu com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico em Lobo Occipital Esquerdo em peri-operatório, ficou em intubação orotraqueal prolongada, em consequência fez uso de sonda de alimentação enteral, traqueostomia (TQT) sendo indicado Cuidados Paliativos proporcionais. Após um período, o nível de consciência oscilava o que não contribuiu para a retirada dos dispositivos, sendo indicada a gastrostomia (GTT), qual teve complicações clinicas como inflamação. Na enfermaria, a equipe identificou maior nível de alerta e consciência com a equipe e sua família, sendo assim realizado o trabalho conjunto da psicologia com a fonoaudiologia e com a fisioterapia que tinha como objetivo a melhora da comunicação (desmame da TQT) e deglutição (retirada da via alternativa de alimentação - GTT), havendo sucesso total na retirada dos dispositivos. Nos atendimentos psicológicos Lucas sofreu por estar limitado e dependente e demonstrava quando se contorcia, ao escutar os médicos falando com a família, ao ser cuidado no banho e ao pedir comida porque estava com fome e não podia comer. No processo fomos trabalhando que a inflamação possivelmente era também psicossomático, ou seja, devido as invasões pelos procedimentos no corpo a mente não conseguia pensar e elaborar mas o corpo reagia. Um momento delicado no processo ocorreu quando o filho foi hospitalizado e Lucas sofreu com sua ausência nas visitas e nas videochamadas. Resultado: Ocuidado integral ao paciente e a família possibilitou a equipe aliviar o sofrimento emocional, respeitar o desejo e propiciar sustentação e condições da ida para casa. A esposa contou que ele sentava a mesa e fazia todas as refeições com os netos. A família unida pode viver, brindar a vida e guardar as memórias das fotos tiradas e dos vídeos, e assim, trabalharam a despedida. Conclusão: No caso de Lucas mostramos a importância do trabalho eficaz da equipe multiprofissional na reabilitação do paciente conseguindo retirar os dispositivos e a tão sonhada alta hospitalar.