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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Angioplastias coronarianas complicadas por perfurações do tipo III, corrigidas com stents revestidos manufaturados de acordo com a realidade do SUS.

FREDERICO LOPES DE OLIVEIRA, Giulliano Gardenghi, Adriano Gonçalves de Araujo, Flavio Passos Barbosa, Mauricio Lopes Prudente, Lucas Arantes Vasconcelos, Alvaro de Moraes Junior
HOSPITAL ENCORE - APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS - BRASIL, HUGOL - Goiânia - GO - Brasil

Introdução: A perfuração coronária é uma complicação potencialmente fatal durante a intervenção coronária percutânea. Apesar de rara (0,2 a 0,6% dos procedimentos), é ameaçadora à vida, o que justifica seu diagnóstico e correção imediatos. Objetivo: Relatamos dois casos de perfuração coronária e manejos alternativos da prática atual. Relatos de caso: CTO 78 anos, admitido em 16/04/2020 e WlSO, 61 anos em 12/01/22, homens com IAM anterior de mais de 12h de evolução (CTO com 36h e WISO com 18h), ainda com dor típica refratária a nitrato endovenoso, controle do duplo produto e potente analgesia, sendo assim optado pela estratificação invasiva em ambos os casos. Após a recanalização de descendente anterior (DA) foi constatada ruptura do tipo III com presença de contraste pericárdico. Imediatamente foi revertida ação da heparina, insuflado balão com baixa pressão e contatadas equipes de ecocardiografia e cirurgia cardíaca. Em CTO foi confeccionado um stent revestido com um segmento de cateter balão e WISO com curativo cutâneo adesivo estéril, corrigindo suas perfurações com sucesso. Discussão: Na perfuração coronária, a reversão da anticoagulação e oclusão do orifício sangrante são fundamentais para prevenção do tamponamento até o tratamento definitivo (antigamente apenas sutura direta do vaso por toracotomia aberta). Entretanto, com a evolução dos materiais e técnicas, comprovou-se que o balonamento a baixas pressões e infusão de protamina apresentam altas taxas de sucesso nas oclusões pontuais. Dispositivos de assistência circulatória e pericardiocentese descompressiva (punção de Marfan) ainda são necessárias, aumentando seus custos e a morbimortalidade. Na refratariedade, os stents de malha polimerizada (stent Graft), conseguem “vedar” o vazamento para o saco pericárdico, entretanto, seu valor é alto e numeração restrita. Dessa forma, alternativas manufaturadas com enxertos venosos, partes de cateteres balões coronários, adesivos cutâneos estéreis (como Tegaderm®) ou mesmo a infusão/embolização intencional de gordura autóloga são bons exemplos de baixo custo. Outras técnicas também onerosas como o uso de microcateteres paralelos para infusão de "coils" e implantes de stents sucessivos de menor calibre (diminuindo os orifícios laterais), também são usadas. Conclusão: Nos casos aqui relatados, as condutas apresentadas foram capazes de conter os sangramentos. Entendemos que disseminando esse conhecimento, podemos contribuir com outros colegas na resolução dessa complicação.

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16 à 18 de junho de 2022