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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeitos do exercício resistido no músculo esquelético de ratos infartados

SOUZA, LM, GOMES, MJ, RODRIGUES, EA, BORIM, PA, SANTOS, ACC, GATTO, M, PAGAN, LU, ZORNOFF, LAM, OKOSHI, K, OKOSHI, MP
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL, Brigham and Women’s Hospital - Harvard Medical School - Boston - MA - EUA

 

Introdução: Os efeitos do exercício físico resistido (ER) não estão completamente esclarecidos em situações de disfunção cardíaca. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do ER sobre a capacidade física, a remodelação cardíaca, e variáveis moleculares e bioquímicas do músculo sóleo de ratos com infarto do miocárdio (IM). Métodos: Três meses após IM ou cirurgia simulada, ratos Wistar foram divididos nos grupos Sham (n=14), IM (n=13), e IM submetido a ER (IM-R, n=14). O ER foi realizado em escada, 3 vezes por semana, por três meses. A capacidade funcional foi avaliada pelo teste de carga máxima e pelo teste de tolerância ao exercício em esteira. Ecocardiograma foi realizado ao final do estudo. A atividade máxima de enzimas metabólicas e de enzimas antioxidantes e a concentração do marcador de estresse oxidativo hidroperóxido de lipídio foram quantificadas por espectrofotometria. A expressão de proteínas da via do fator de crescimento semelhante à insulina tipo-1(IGF-1)/proteína quinase B/complexo alvo da rapamicina foi analisada por Western blot. Análise estatística: ANOVA e Bonferroni ou Dunn; testes T de Student e Goodman; p<0,05. Resultados: A mortalidade foi maior no grupo IM que no Sham e não diferiu entre os grupos IM-R e Sham. O tamanho do infarto, avaliado por análise histológica, não diferiu entre os grupos (IM 39,6±5,9; IM-R 38,8±6,5 % da área total do ventrículo esquerdo). O exercício resistido aumentou a capacidade de carga máxima e não alterou a capacidade funcional. Ao ecocardiograma, os grupos IM e IM-R tiveram dilatação do átrio esquerdo e do ventrículo esquerdo, e disfunção sistólica; não houve diferença nas variáveis ecocardiográficas entre os grupos IM-R e IM. A atividade da catalase foi menor no grupo IM que no Sham e da glutationa peroxidase foi menor no IM que nos grupos Sham e IM-R. O metabolismo energético não diferiu entre os grupos, exceto pela menor atividade da fosfofrutoquinase no grupo IM-R que no IM. A expressão da p70s6K e p-FoxO3a, e a relação p-FoxO3a/FoxO3a foram menores no IM que no Sham e a relação p-p70s6K/p70s6K foi maior no IM que no Sham. Conclusões: A prática de exercício resistido é segura e melhora a capacidade de carga máxima independentemente de alterações da remodelação cardíaca em ratos infartados. No músculo sóleo, o exercício resistido preserva a atividade de enzimas antioxidantes e da fosfofrutoquinase, e a expressão de proteínas envolvidas no trofismo muscular.

 

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