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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

EXPRESSÃO DAS PROTEÍNAS PEROXIRREDOXINA 4 E PROTEÍNA DISSULFETO ISOMERASE NO VENTRÍCULO ESQUERDO DE RATOS APÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO E A AÇÃO DA DIACEREÍNA

Prado CPS, SOUZA FV, CHAVES E A, DEMASI APD
Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic - CAMPINAS - São Paulo - Brasil

Introdução

Apesar dos avanços na terapia médica e intervencionista no infarto agudo do miocárdio (IAM), com redução significativa da mortalidade, as consequencias da carga e demanda anormalmente elevadas sobre o ventrículo esquerdo no pós-infarto ativam o remodelamento tecidual, levando à dilatação ventricular e insuficiência cardíaca. Esta síndrome carrega uma mortalidade em torno de 50% em 5 anos. Estudos sugerem que o remodelamento envolve, além de alterações teciduais do processo inflamatório pós-IAM, a quebra da proteostase no retículo endoplasmático (RE) dos cardiomiócitos, caracterizando o estresse do RE. Para sobreviverem a este estresse, os cardiomiócitos ativam a resposta a proteínas desdobradas (UPR,do inglês, Unfolded Protein Response). O objetivo deste estudo foi de avaliar o efeito da isquemia miocárdica na expressão da proteína dissulfeto isomerase (Pdi) e da peroxirredoxina 4 (Prdx4), localizadas no RE, com possível atuação na UPR. Também foi estudado o efeito da diacereína, um composto de antraquinona com propriedades anti-inflamatórias, demonstrado como agente auxiliar no tratamento pós-IAM.

Metodologia

Ratos da linhagem Wistar foram divididos em 3 grupos, cada um com 9 animais: não-infartados (sham), infartados e infartados tratados com diacereína. Amostras de tecido dos ventrículos esquerdos dos animais foram obtidas e os níveis de expressão proteica foram analisados por Western-blotting. Os dados foram submetidos à análise densitométrica.

Análise estatística

Realizado pelo teste Kruskal-Wallis, considerado um nível de significância de 5%.

Resultados

Os resultados mostraram aumento significativo dos níveis de expressão de Pdi e Prdx4 após o infarto, quando comparados aos níveis observados na ausência do infarto. Embora o tratamento com diacereína pós-infarto tenha levado à diminuição da expressão destas proteínas em relação à ausência de tratamento, esta diminuição foi significativa apenas para Pdi.

Conclusão

Estes resultados indicam estresse do RE e ativação da UPR nos cardiomiócitos dos ratos infartados. Além disto, a diacereína reduziu o estresse do RE, evidenciado pela reversão dos níveis de expressão de Pdi aos observados em animais sham, não infartados. Este estudo se insere em campo vasto para pesquisas futuras, com vistas em prováveis alvos terapêuticos sobre o estresse do RE e redução da possibilidade de aparecimento clínico da insuficiência cardíaca

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