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Embolia de Prótese: Complicação potencialmente grave do procedimento transcateter de troca valvar aórtica.

Fernanda Gonçalves de Mateo, Barbara Ordones Baptista de Oliveira Costa, Felipe Bringel Landim, José Augusto Mantovani Resende, Tarso Augusto Duenhas Accorsi, Flávio Tarasoutchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

1.      INTRODUÇÃO: As estratégias transcateter para correção de valvopatias vem tornando-se cada vez mais comuns na prática clínica. A TAVI (Transcateter Aortic Valve Implantation) é o tratamento de escolha para pacientes idosos com Estenose Aórtica anatomicamente importante sintomática ou com complicadores, que apresentam risco mais elevado de complicações e morbimortalidade associada a cirurgia convencional. De acordo com os critérios do VARC 3 (Valve Academic Research Consortium) é um procedimento predominantemente seguro, com baixas taxas de complicação.  Este relato tem como objetivo descrever complicação pouco comum, porém potencialmente grave do procedimento transcateter: a embolia de prótese.
RELATO DE CASO: Paciente masculino, 71 anos, com Estenose Aórtica Importante, evoluindo com dispneia aos mínimos esforços, classe funcional III da New York Heart Association (NYHA) e angina. Ao Exame, presença de sopro telessistólico ejetivo 3+/6 em foco aórtico com irradiação para carótidas. Escore de Risco cirúrgico pelo STS (
Society of Thoracic Surgeons) de: 5.64% e EuroScore: 1,44% em idoso com critérios de fragilidade pelo EFT (Essential Frailty Toolset) sendo optado pela realização de TAVI. Devido limitação de disponibilidade de TAVI transfemoral pelo Sistema Único de Saúde paciente submetido a TAVI transapical. Durante manipulação da prótese ocorreu migração para Aorta descendente, sendo tracionada com laço e expandida em região infrarrenal. Realizado implante de nova prótese em topografia de valva aórtica com sucesso. Paciente evoluiu com melhora significativa dos sintomas em Classe funcional I da NYHA e melhora do gradiente transvalvar (Gradiente médio de 14mmhg).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A embolia de prótese é uma complicação cada vez menos comum, ocorrendo em 0.5 a 1% dos procedimentos de TAVI. Pode gerar desde embolização com ancoragem estável em aorta descendente até hipofluxo importante por obstrução da irrigação da aorta e necessidade de abordagem cirúrgica de urgência. Medidas preventivas tornam-se necessárias para redução do risco desta complicação, entre elas, escolha de tamanho adequado da prótese, medida do anel valvar pré procedimento e estimulação cardíaca adequada para permitir ancoragem da prótese. 

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