Introdução: Choque cardiogênico é uma síndrome que acontece devido o desequilíbrio geral do sistema circulatório, levando a má perfusão orgânica. Dessa forma, o manejo clínico é essencial, sendo considerado uma doença crítica, muitas vezes associado com catabolismo e incapacidade do paciente ingerir alimentos via oral, induzindo-o à desnutrição. Faz-se necessário, frequentemente, optar por uma via de nutrição alternativa, como por exemplo a nutrição enteral (NE). A NE é responsável por fornecer micro e macronutrientes ao corpo e, também, auxiliar na funcionalidade do intestino. Quando iniciada precocemente a terapia nutricional (TN) previne-se a desnutrição e complicações causadas a partir dela. O problema é que diante do paciente em choque cardiogênico, a equipe tem receio em iniciar a TN e surgem dúvidas sobre quais parâmetros devem ser observados para que a introdução da NE ocorra com segurança. O objetivo do trabalho foi criar um protocolo de terapia nutricional enteral (TNE) em pacientes em choque cardiogênico, a partir da revisão de escopo. Metodologia: Através da revisão de escopo, incluiu-se no estudo, artigos que tiveram como intuíto principal avaliar o uso da TNE no choque cardiogênico. Foram utilizados os seguintes bancos de dados: Pubmed, Scielo e Lilacs, sendo incluídos artigos publicados em língua inglesa e portuguesa no período de 01 de janeiro de 2000 a 10 de novembro de 2020. A partir da revisão, elaborou-se um protocolo direcionado para o uso da NE no contexto do choque cardiogênico. Resultados: Foram encontrados 12 artigos conforme as bases de dados citadas anteriormente, a partir do checklist PRISMA. Além disso, incluiu-se 1 artigo do ano de 2001, devido relevância no assunto. A partir disso, foi possível elaborar um protocolo, o qual tem como finalidade orientar os profissionais da área da saúde, quanto à utilização de TNE no contexto do choque cardiogênico.
Conclusão: A elaboração de um protocolo, tem como objetivo auxiliar na TNE no choque cardiogênico, pois é uma condição grave de saúde e que demanda de atenção profissional e de conduta adequada para minimizar e, até mesmo, banir os riscos de uma TN inadequada.