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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Fibrilação Atrial piora a evolução da Insuficiência Cardíaca

Perfeira-Barretto, AC, Del Carlo, CH, Cardoso, JN, Scipioni, AR, Oliveira Junior, MT, Mansur, AP, kalil Filho, R
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução - Os portadores de insuficiência cardíaca (IC) evoluem com elevada morbi/mortalidade. A fibrilação atrial (fa), arritmia frequente pode modificar a evolução dos pacientes com IC. Estudos mostraram que pioram a evolução nos casos agudos, mas podem não piorar a evolução nos casos crônicos. Neste estudo procuramos verificar incidência de faentre os com IC, verificar se sua frequência é diferente nas diferentes formas de IC e seu papel no prognóstico nos pacientes de um grande hospital terciário de São Paulo.

Métodos –Estudamos todos os pacientes atendidos num Hospital terciário de São Paulo no ano de 2017, verificamos os casos registrados com código I50 e dentre eles aqueles com diagnóstico de fibrilação atrial e os comparamos com os sem fa. Os pacientes foram seguidos até 2020. Avaliamos os dados demográficos e a mortalidade.

Resultado – Em 2017 passaram pelo Hospital 13.121 pacientes com IC. Dentre eles 2645 (20,2%) apresentavam fibrilação atrial. Os pacientes com fa eram mais velhos 67 anos vs 61,3 anos (p<0,001). Considerando o tipo de IC entre os pacientes com fa, a fa foi mais frequente entre os com FE preservada (FE>50%): 1.378 (52,1%), e 328 (12,4%) nos com FE 41-49% e 884 (33,4%) nos com FE <40%. A mortalidade foi 2,5 vezes maior entre os com fa (40,5% vs 16,4%) do que entre os sem fa. A mortalidade foi maior nas três formas de IC (figura 1). 

Conclusões – A presença de fapiora muito o prognóstico dos portadores de IC, tanto nos com ICFEp como nos com ICFEr. A ICFEp foi a forma mais frequente de IC entre os pacientes com fa e esses pacientes tiveram melhor evolução do que os com ICFEr.

 

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