SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Segurança e factibilidade da realização de cateterismo cardíaco direito pela via braquial, experiencia de dois centros.

Laura Poeta, Roberto Leo da Silva, Daniel Medeiros Moreira, Tammuz Fattah, Gabriela Rezende Carvalho, Rafaela Bernardi Ogliari, Igor Alves, Rodrigo de Moura Joaquim
HOSPITAL BAIA SUL - Florianópolis - SC - Brasil, HU-UFSC - Florianópolis - SC - Brasil

 

 

Introdução: Apesar de raras, as complicações do cateterismo cardíaco direito estão mais relacionadas às suas vias de acesso, usualmente femoral ou jugular. Tais acessos estão associados a hematomas locais, repouso prolongado e infecções. Novas técnicas que possam unir resolutividade e minimizar danos podem ser exploradas. A disponibilidade de ultra-som vascular permite o uso de veias do braço, que aparenta ser uma alternativa mais segura.

Objetivo: Avaliar a experiência inicial da realização do cateterismo cardíaco direito por veias do braço e descrever as características dos procedimento e complicações.

Resultados: De agosto de 2019 até fevereiro de 2022, foram realizados 76 cateterismos cardíacos direitos em dois hospitais de Florianópolis por dois operadores. O período iniciou com a definição da via braquial como preferencial. A idade média dos pacientes foi de 51,4 anos e 53 (69,7%) eram mulheres. A indicação do exame foi para avaliação de hipertensão pulmonar em 74 (97,4%) pacientes e 2 (2,6%) para avaliação cardiopatias. Desses exames 71 (93,4%) foram realizados pela via braquial, 3 (3,9%) pela via jugular e 2 (2,6%) pela via femoral. Dos exames realizados pela braquial 69 (97,2%) foram pela veia cefálica, 2 (2,8%) pela veia basílica. Todas as punções foram realizadas guiadas por ultrassom, inicialmente com introdutor 5F radial seguida de troca por introdutor 7F femoral e realizados com cateter de Swan-Ganz 7F. Nove (11,8%) pacientes ainda realizaram arteriografia pulmonar para avaliação de tromboembolismo pulmonar crônico pela mesma via com imagens em AP e lateral após reposicionamento do membro, e 5 (6,6%) pacientes realizaram cateterismo cardíaco esquerdo pela via radial concomitante. Ocorreram 2 (2,8%) casos de insucesso, um por impossibilidade de punção e por tortuosidade, sendo completados por via femoral. A única complicação foi um caso (1,4%) de trombose venosa em membro superior direito, manejada clinicamente.

Conclusão: Em nossa experiência a realização de cateterismo cardíaco direito por via braquial é factível e segura, apresentando alta taxa de sucesso e poucas complicações, podendo ser utilizada como via de acesso padrão para esse procedimento.

  

 

 

 

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

42º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

16 à 18 de junho de 2022