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Avaliação das características clínicas e eventos ocorridos em 30 dias, em pacientes com dor torácica atendidos em uma emergência geral

Heloisa Budal Meier, Igor Alves, Rafaela Bernardi Ogliari, Gabriela Rezende Carvalho, Laura Poeta, Priscilla Nunes Abreu da Silva, Daniel Medeiros Moreira, Roberto Leo da Silva, Tammuz Fattah, Rodrigo de Moura Joaquim
Hospital Baía Sul - Florianópolis - SC - BR

Introdução: As taxas de atendimento por dor torácica são elevadas na emergência, chegando a 10% do total de atendimentos. O correto diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) ou outras doenças graves, de forma rápida e assertiva, garante agilidade no atendimento de pacientes graves e segurança para aqueles liberados. Para isso, protocolos de dor torácica são fundamentais.
Objetivos: Avaliar as características de pacientes atendidos sob um protocolo de dor torácica em uma unidade de emergência geral e os eventos entre aqueles admitidos e liberados.
Métodos: Avaliamos pacientes com dor torácica na emergência geral de um hospital privado de Florianópolis/SC, na experiência inicial de aplicação de um protocolo de dor torácica entre julho e dezembro de 2021. Analisamos características clínicas, qualidade do atendimento e ocorrência de eventos entre os pacientes admitidos ou liberados pelo protocolo.
Resultados: Foram abertos 154 protocolos de dor torácica, dois pacientes não tinham dados adequados e foram excluídos. Dos 152 pacientes incluídos, a idade média foi de 52,1(±18) anos, 54% eram do sexo feminino e as comorbidades mais prevalentes foram: hipertensão (53%), diabetes mellitus (16%) e obesidade (19%). Depressão e/ou ansiedade estavam presentes em 16% dos pacientes, 10% tinham dislipidemia e 11% infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio. O eletrocardiograma (ECG) foi realizado em média de 5,7 min. e o tempo médio de permanência na emergência geral foi 203 min, dentro do tempo preconizado pelo protocolo de tempo porta-ECG <10min e tempo na emergência geral <4h. Apenas 11 (7%) pacientes se apresentaram com dor torácica considerada típica (tipo A). O ECG estava alterado em 40 (26%) pacientes, com 10 (6,6%) apresentando supradesnivelamento do segmento ST. Troponina foi solicitada para 110 (72,3%) pacientes, sendo em média 0,9 coletas por paciente, máximo de 4 coletas. O escore HEART médio foi de 2,6 (±2) e o escore GRACE 67,7 (±35), o que denota uma população de baixo risco.  26 (17%) pacientes foram internados devido ao protocolo, 24 (15,7%) por SCA e 2 por causas não cardíacas. 3 (1,9%) pacientes morreram durante os primeiros 30 dias de segmento, todos relacionados a complicações de IAM. Nenhum paciente liberado apresentou evento nos primeiros 30 dias de seguimento.
Conclusão: Nos primeiros meses de utilização de um protocolo de dor torácica em uma emergência geral, identificou-se população de baixo risco pelos escores, porém com altas taxas de admissão devido à SCA e nenhum evento entre os pacientes liberados, o que demonstra a eficácia do protocolo.

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