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Análise do ângulo do coração a partir do raio-x de tórax

Felipe Akio Matsuoka, Edson Silva Filho, Renato Hortegal, Henrique Takachi Moriya
ICB - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - São Paulo - SP - Brasil

Análise do ângulo do coração a partir do raio-x de tórax

Introdução 

O uso da radiografia de tórax frontal é um exame amplamente realizado no âmbito da cardiologia e de fácil acesso, entretanto suas conclusões são subjetivas. Por um lado, temos a análise sem elementos numéricos da silhueta cardíaca a partir da radiografia de tórax. De outro, o uso da inteligência artificial, que por vezes é empregado sem compreensão completa do processo. Diante desse cenário, este trabalho vislumbra a possibilidade da coleta de um dado objetivo das radiografias de tórax frontais, o ângulo de inclinação do coração, e de utilizá-lo para desenvolver modelos de machine learning mais precisos futuramente.

 

Materiais e Métodos

O valor da inclinação do coração foi obtido por meio de uma plataforma livre de análise de bioimagens (http://icy.bioimageanalysis.org/). A medição foi realizada de forma manual, traçando ponto a ponto as regiões e pontos de interesse. A obtenção do ângulo foi realizada traçando uma reta que passa pela região da sétima costela direita e pelo ápice do coração. Em seguida, foi traçada uma reta perpendicular em relação à imagem que passa na região da coluna vertebral. Finalmente, o valor do ângulo é obtido com o uso da ferramenta 'angle helper' da plataforma de análise de bioimagens.

 

As medidas foram todas realizadas em radiografias de tórax frontais de pacientes de um hospital de grande porte especializado em cardiologia.

 

Resultados

A figura apresenta um exemplo da medição do ângulo de inclinação obtido e o método abordado pelo estudo. A seta rosa está indicando a região da sétima costela direita. Já a seta vermelha está sinalizando o ápice do coração.

Foram analisados 136 pacientes. Dessa amostra foi obtida uma média de 128,26° com desvio padrão de 6,40° e erro padrão de 0,54

 

Conclusão

Apesar da baixa casuística constatar a dificuldade de aplicação desse método, seja pelo impasse em encontrar o ápice do coração, seja pela arbitrariedade ainda presente na marcação das retas para realizar a medição, o método abordado pelo estudo esboça uma possibilidade de redução da subjetividade presente no exame de radiografia de tórax frontal, bem como fornece novas ferramentas numéricas para a análise desse exame. 

 

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