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Risco Cardiovascular e Lesões de Órgãos-Alvo Subclínicas em Adultos Jovens Assistidos na Estratégia Saúde da Família

Gabriela Jardim, Raphaella Ferrão, Karine Guimarães, Juliana Garcia, Ana Rachel Cervasio, Michèlle Falcão, Luísa da Silva, Giovanna Maselli, Joana da Costa, Ana Cristina Tenório
IDOMED-UNESA- CURSO DE MEDICINA CAMPUS VISTA CARIOCA - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

FUNDAMENTOS: Doenças cardiovasculares representam 30% das mortes no Brasil. Rastrear fatores de risco cardiovascular e lesão em órgãos-alvo precocemente mostra-se substancial para reverter o cenário de alta morbimortalidade. OBJETIVO: Avaliar fatores de risco cardiovascular e lesão de órgãos-alvo subclínicas em uma população jovem e aparentemente saudável assistida em uma Unidade da Estratégia Saúde da Família. MÉTODOS: Estudo populacional transversal para avaliação do risco cardiovascular em adultos de 20-50 anos residentes na área de abrangência de uma Unidade da Estratégia Saúde da Família. Um total de 632 indivíduos foram avaliados (40% do sexo masculino; idade média de 36 ± 9 anos). Foram registrados dados sociodemográficos, antropométricos e fatores de risco cardiovascular tradicionais. Todos foram submetidos à aferição da pressão arterial (PA) de consultório e calculada a pressão de pulso (PP). O índice tornozelo-braquial (ITB) também foi calculado após as medidas da PA nos 4 membros. A mediana do ITB foi de 1,14 [1,08-1,22, utilizada como ponto de corte para definir mudanças precoces. Todos os participantes foram submetidos ao eletrocardiograma para cálculo do Índice de Sokolow-Lyon (ISL) e do Índice de Voltagem de Cornell (IVC) para diagnóstico de hipertrofia ventricular esquerda. Consideramos a mediana do ISL (20mm) e do IVC (11mm) como ponto de corte para alterações precoces. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão foi de 16%. A mediana [IQR] da PP do consultório foi de 46 [39-52] mmHg. Elevada PP (> 60 mmHg) de consultório foi identificada em 64 participantes, sendo mais frequente em homens, obesos, com circunferência do pescoço aumentada e ITB mais baixo (1,07 vs 1,16, p<0,001). Também foi associado ao maior índice de voltagem: ISL 21,9 vs 19,8, p=0,04 e IVC 13,4 vs 7,1, p=0,03. Indivíduos com ITB diminuído são mais obesos com circunferência do pescoço menor (10 vs 5%, p=0,03). Eles também apresentaram PA sistólica (125 vs 119mmHg, p<0,001) e PP (49 vs 43mmHg, p<0,001) mais altas. Um total de 362 eletrocardiogramas foram realizados. O ISL aumentado foi mais frequente em homens, mais jovens e com sobrepeso, além de maior prevalência de hipertensão e PP mais alta. Aqueles com IVC aumentado são mais frequentemente do sexo masculino, obesos com níveis de PA mais elevados. CONCLUSÃO: Nesta população jovem, alterações precoces em lesão subclínica de órgãos-alvo já identificam um perfil de risco cardiovascular mais elevado, indicando a importância da implementação de medidas de prevenção primária para reduzir esse risco.

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